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Projeto agrícola vai ajudar na ressocialização de detentos do Piauí

A ideia é iniciar as atividades na Colônia Agrícola Major César, em Altos, onde há 219 presos no regime semiaberto.

Utilizar a agricultura como ferramenta de ressocialização dos detentos é um dos objetivos do projeto que será implantado em algumas unidades prisionais do Piauí. A ideia é iniciar as atividades na Colônia Agrícola Major César, em Altos, onde há 219 presos no regime semiaberto.

Para colocar o projeto em prática, a Secretaria de Justiça, através da Diretoria de Humanização de Reintegração Social, vem buscando parcerias de órgãos ligados à área, como Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio-Norte), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Companhia do Desenvolvimento dos Vales do Parnaíba e São Francisco (Codevasf).
Imagem: Juliana NogueiraVisita de técnicos do Emater à Major César(Imagem:Juliana Nogueira)Visita de técnicos do Emater à Major César
Nessa semana, técnicos do Emater conheceram a área de 274 hectares da Major César. A próxima etapa é a elaboração do projeto que vai, dentre outras coisas, definir a subdivisão da área e o tipo de cultura a ser implantada. O gerente de projetos da Diretoria de Humanização da Sejus, Adilson Costa, afirma que além de oferecer uma atividade aos detentos que estão ociosos, essa é uma forma de gerar renda para a unidade e também para aqueles que vão trabalhar no campo.

A prioridade, segundo Adilson Costa, é iniciar pelo cultivo da melancia. “Além da melancia, pensamos na plantação de caju, de macaxeira, na criação de pequenos animais e na implantação de uma casa de farinha. Vamos visitar outras unidades do Estado para identificar se há possibilidade de receber o projeto, bem como as particularidades de cada município onde a penitenciária está inserida”, explica.

Esse trabalho contempla, ainda, a capacitação dos detentos. A visita à unidade, realizada na última semana, foi acompanhada também pelo engenheiro agrônomo Edelson Guedes e pelo técnico agropecuário Paulo Lima, que compõem a equipe da Sejus.

O diretor da Colônia Agrícola, Márcio França, lembra que a unidade já foi modelo para o país. “Podemos transformar a Major num setor produtivo. O foco do regime semiaberto é preparar o interno para a sociedade. Precisamos de projetos autossustentáveis, que podem contar com parceria de outros órgãos, de empresas privadas ou até mesmo cooperativas”, afirma o diretor.
Imagem: Juliana NogueiraVisita de técnicos do Emater à Major César(Imagem:Juliana Nogueira)Visita de técnicos do Emater à Major César
Márcio afirma que, dos 219 internos, 51 trabalham fora durante o dia, 40 executam atividades de manutenção da penitenciária e cerca de 60 estão aptos a atuarem nesse projeto agrícola. “Realizamos um critério de seleção dos detentos com base no comportamento de cada um. Todos os trabalhos realizados dentro do presídio são acompanhados pelos agentes penitenciários”, completa.

A primeira visita à Colônia Agrícola Major César contou com a presença do coordenador regional da Emater em Teresina, Alvaci Orsano, do assessor estadual de Olericultura, Jaime Ferreira e do extensionista Avelar Siqueira, ambos do Emater.

Técnicos buscam experiência no plantio de melancia


Os técnicos da Secretaria de Justiça fizeram uma visita a uma fazenda situada no município de Barras, a 109 km de Teresina, onde o cultivo da melancia está presente em 400 hectares. O objetivo era conhecer essa experiência de perto e, dessa forma, ajudar a implementá-la nas unidades prisionais do Estado.

A fazenda é uma das exportadoras de melancia no Piauí. “Toda a experiência que nos foi repassada será de grande valia para o projeto que pretendemos implantar, inicialmente na Major César”, disse o gerente de projetos da Diretoria de Humanização e Reintegração Social da Sejus, Adilson Costa.

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