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Silas diz que Reforma Trabalhista precisa ser bem estudada

Segundo o deputado, é importante não deixar que as mudanças prejudiquem e precarizem o trabalhador como um todo.

A Câmara começa a votar na manhã de hoje a reforma trabalhista. O deputado federal Silas Freire (PR) disse que o texto da reforma precisa ser bem estudado e acredita que o relatório apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) pode ser mudado com as emendas apresentadas em Plenário. Ele também critica aqueles que são contra apenas por ser contra. 

"O certo é que o país precisa de ajustes, não necessariamente reformas. Mas acredito que ninguém pode ser contra por ser contra e apenas por ser da oposição, para eles quanto pior, melhor.", critica Silas que ainda completa: "Há até aqueles que ficam discursando de heróis por ser contra, mas quando exercem seu poder político só empregam apadrinhados políticos, incentivam a terceirização sem critérios, não promovem concurso público e entregam ao chefe político das cidades que os apóiam o poder de empregar, de desempregar, de dizer quantas horas vai trabalhar e o quanto vai ganhar. É muito fácil criticar sem praticar", avaliou o deputado. 

Silas explica ainda que é importante não deixar que as mudanças prejudiquem e precarizem o trabalhador como um todo, mas é um momento de se fazer sacrifícios e de se analisar. Ele ainda não decidiu como vai votar e explica seus motivos. 

"Eu ainda não decidi se vou votar a favor hoje porque ainda tenho algumas dúvidas se conseguiríamos substituir do texto essa questão do trabalho intermitente, ou seja, a flexibilização das horas de trabalho. Não sei se tem alguma emenda para suprir isso e assim dar mais segurança ao trabalhador. Mas há sim uma necessidade de modernizarmos a nossa legislação trabalhista que é antiga. Hoje a relação de trabalhador e patrão está vivendo de súmula da justiça trabalhista. O certo é que precisamos fazer algo, só não sei se com esse texto que está aí", esclareceu. 

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Silas FreireSilas Freire

O parlamentar analisa que a reforma pode até mesmo gerar empregos. "O outlet no entorno de Brasília que emprega 600 pessoas de quinta a domingo é um exemplo, nesse caso não existe relação patrão e empregado, essas pessoas estão trabalhando ali ilegalmente e não estão ganhando o que deveriam ganhar. É prejuízo pro empregado e pode se transformar em prejuízo também para o patrão e sobretudo é prejuízo para o país. Por isso, precisamos fazer alguma coisa, não sei se necessariamente esse texto", declarou Silas. 

A expectativa é de concluir o processo de votação da reforma trabalhista na Câmara até quinta-feira, depois disso, a proposta segue para apreciação do Senado.

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