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Família de Iarla Lima lamenta impunidade após 9 meses de sua morte

A estudante foi assassinada pelo então namorado, o ex-tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo da Silva Neto, que chegou a ser preso, mas foi solto pela Justiça.

Nesta segunda-feira (19) fazem nove meses que a estudante Iarla Lima Barbosa foi assassinada a tiros pelo então namorado, o ex-tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo da Silva Neto, que chegou a ser preso, mas foi solto pela Justiça em fevereiro deste ano. A família lamenta e fala em impunidade.

  • Foto: FacebookIarla LimaIarla Lima

O GP1 conversou com Jordy Mesquita, primo de Iarla. Ele afirmou que a soltura do assassino confesso trouxe mais dor à família. “O sentimento que fica é de impunidade, de injustiça e ao mesmo tempo o sentimento de dor, a cada dia que passa parece que a dor só aumenta, a gente vendo que a impunidade prevalece”, declarou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Jordy MesquitaJordy Mesquita

Para Jordy, a última esperança é que José Ricardo seja condenado pelo crime que cometeu. “Esperamos que ele tenha a condenação merecida na Justiça. É a esperança que a gente ainda tem”, colocou.

Relembre o caso

José Ricardo da Silva Neto executou, na madrugada de 19 de junho do ano passado, a namorada Iarla Lima Barbosa e deixou feridas outras duas pessoas, a irmã da vítima, Ilana, e uma amiga de 25 anos, próximo ao Bendito Boteco, na zona leste de Teresina.

O ex-militar iniciou uma discussão com Iarla dentro do carro após saírem de uma festa que ocorria no Bendito Boteco. Ele teria ficado com ciúmes de Iarla e, após fazer acusações contra ela, a atingiu com dois tiros no rosto. A irmã da vítima e a amiga conseguiram fugir do carro. Uma das jovens foi atingida de raspão na cabeça e a outra no braço.

O tenente chegou a retornar para o condomínio onde morava com a namorada morta dentro do carro. Ele foi preso por uma equipe do BPRone.

  • Foto: DivulgaçãoJosé Ricardo Silva NetoJosé Ricardo Silva Neto

O juiz de direito da Central de Inquéritos, Luiz de Moura Correia, chegou a determinar a quebra do sigilo de dados e imagens dos aparelhos telefônicos do ex-oficial do Exército com o fim de subsidiar as investigações do Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio.

No dia 25 de julho do ano passado, a juíza de direito Maria Zilnar Coutinho Leal, respondendo pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu a denúncia contra José Ricardo.

Durante audiência realizada em novembro, José Ricardo confirmou que atirou em Iarla, mas disse que os tiros que atingiram as outras duas pessoas que estavam no veículo foi acidental.

No dia 02 de fevereiro, o juiz de direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Reis de Jesus Nollêto, mandou soltar José Ricardo.

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