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Candidatos denunciam irregularidades em concurso público da Uespi

O resultado do concurso foi homologado no dia 3 de julho de 2018 com validade até 3 de julho de 2019.

O GP1 recebeu, nesta segunda-feira (28), denúncia de candidatos classificados no último concurso público realizado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) para a contratação imediata de 197 professores efetivos e a classificação de até 40 candidatos. Após o resultado final do concurso, apenas 167 candidatos foram aprovados e 26 ficaram como classificados.

O resultado do concurso foi homologado no dia 3 de julho de 2018 com validade até 3 de julho de 2019. Já no dia 1º de outubro de 2018, os 167 aprovados foram nomeados e até o momento os 26 classificados não foram chamados.

Igor José, que ficou classificado como professor de Química e Brunna Verna classificada para lecionar no curso de Odontolgia relataram que ao invés da Uespi nomear os 26 classificados, prorrogou os contratos com os professores provisórios até dezembro de 2019. “A Uespi, com aval do governador, renovou esses contratos com os professores provisórios, que vão até dezembro de 2019, então eles estão tomando as vagas de forma precárias, vagas que eram pra ser nossas”, disseram indignados.

“Ao invés do governador Wellington Dias e o Nouga Cardoso nomearem os candidatos classificados, eles prorrogaram por mais um ano mais de 400 contratos de professores provisórios em situação totalmente irregular. Eles se recusam a chamar sob a justificativa de que não tem dinheiro para chamar esses 26 professores. A Uespi tem mais de 500 disciplinas que estão sem professor e mesmo assim não há essa nomeação”, relatou a classificada.

Segundo Brunna, umas das justificativas para a não nomeação dos classificados é falta de dinheiro, argumento que é rebatido por eles: “O TCE autorizou com dotação orçamentária esse concurso com as 197 vagas, ou seja tem dinheiro para nomear os 197, mas foram aprovados apenas 167, então porque não nomearam os classificados também, somando os aprovados e classificados dá 193, porque não nomearam todos de uma vez só?”, questionou.

Já de acordo com Igor alguns professores nomeados não assumiram os cargos: “A situação fica ainda mais calamitosa porque desses 167 professores nomeados, em torno de 10 não tomaram posse, ou seja, reduz ainda mais o número de professores e mostra a ainda mais a necessidade de nomear os classificados. A Uespi tem mais de 500 disciplinas que não têm professor e mesmo assim não há essa nomeação”, afirmou.

Outra denúncia é em relação à quantidade de professores provisórios na instituição: “Segundo a lei estadual tem que haver a correspondência de um docente efetivo afastado para 1 professor provisório, e na Uespi isso não acontece. Se formos somar todos os professores provisórios e os professores efetivos afastados, o número de professores provisórios é 4 vezes superior ao de efetivos afastados, então essa situação por si só já é irregular e a irregularidade aumenta porque tem professor classificado do quadro efetivo para ser chamado e a Uespi e o govenador não chamam”, criticou Igor.

Ações na Justiça já foram ajuizadas

“Decidimos ajuizar mandados de segurança, que estão em tramitação no Tribunal de Justiça, estamos esperando o resultado, alguns mandados já tiveram a liminar respondida pelo desembargador, algumas liminares foram indeferidas, outras o desembargador pediu para julgar depois, mas dos 26 professores classificados 18 ajuizaram mandado, porque estamos nessa incerteza porque o concurso vai vencer agora no dia 3 de julho de 2019”, contou Brunna.

Outro lado

Em nota, a UESPI afirmou que nenhum seleção foi realizada após o lançamento do Edital 001/2017 e que os docentes que estão em sala de aula são oriundos de processos seletivos anteriores.

Confira a nota na íntegra:

Nota de Esclarecimento

A Universidade Estadual do Piauí, esclarece que desde o lançamento do Edital 001/2017 referente ao Concurso de Professor Efetivo, a instituição não realizou nenhuma seleção de contratação de professor substituto.

Os docentes substitutos que estão atualmente em sala de aula, são oriundos de seletivos anteriores e tiveram seus contratos renovados em setembro/18, estes com a previsão de serem finalizados no decorrer de 2019.

A instituição informa ainda que em relação a convocação dos candidatos classificados no concurso para efetivo, tem todo interesse em realizar a convocação, no entanto, está é uma atribuição do Governo do Estado. A instituição reitera que está trabalhando para que tão logo a convocação seja autorizada e, consequentemente, os classificados possam ser chamados.

Teresina, 29 de janeiro de 2019

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