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Governo do Piauí afirma que não há risco do Açude Caldeirão romper

“Ontem, nosso engenheiro emitiu que, apesar das anomalias de algumas irregularidades existentes, não há perigo iminente de rompimento do açude Caldeirão”, afirmou diretor do Dnocs, Djalma Pol

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 8 Reunião aconteceu na sede do dnocs nesta tarde Reunião aconteceu na sede do dnocs nesta tarde
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 8 Autoridades presente na reunião Autoridades presente na reunião
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 8 Reunião na sede do dnocs Reunião na sede do dnocs
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 8 Reunião aconteceu nesta tarde Reunião aconteceu nesta tarde
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 8 O engenheiro civil Geraldo Magela Barros O engenheiro civil Geraldo Magela Barros
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 8 Djalma Policarpo Djalma Policarpo
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 8 Castro Neto Castro Neto
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 8 DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas

Diretores do Idepi (Instituto de Desenvolvimento do Piauí), Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e DER-PI (Departamento de Estradas de Rodagem) se reuniram, na tarde desta terça-feira (19), para tratar sobre o Açude Caldeirão, em Piripiri, apontado pela Folha de São Paulo com risco iminente de rompimento.

O diretor do Dnocs, Djalma Policarpo, iniciou a reunião informando que o encontro seria para falar das barragens. “A pauta é a segurança das barragens do estado do Piauí, tanto as construídas pelo Dnocs, como também as de responsabilidade do estado e, sobretudo, porque a gente precisa unificar as informações com relação ao açude de Piripiri, o Caldeirão”.

“Foi veiculado, hoje, na mídia nacional o risco iminente de rompimento, então nosso engenheiro do Dnocs esteve lá, ontem, fez a verificação in loco das questões de dezembro quando foi feito nosso relatório lá de inspeção que detectou algumas cavidades, mas que foram corrigidas”, relatou.

Policarpo asseverou que não há risco de rompimento do açude. “Ontem, nosso engenheiro emitiu que, apesar das anomalias de algumas irregularidades existentes, não há perigo iminente de rompimento do açude Caldeirão, como assim foi veiculado”.

“As cavidades ocorreram em dezembro do ano passado e a gente fez a correção em parceria com a Prefeitura de Piripiri. A gente tinha um problema de cavidades no coroamento, na crista da barragem, a gente fez a correção, oficiou o DER que essas cavidades poderiam ser advindas de uma obra de pavimentação feita por eles, mas o DER já pediu autorização para fazer essa obra emergencial de drenagem porque estava havendo um acúmulo de água em cima do coroamento, e com o período de chuvas intenso, a água não estava escoando”, esclareceu.

Djalma contou sobre um projeto que prevê o investimento de R$ 1 milhão. “Estamos com um projeto na fase de finalização tanto da parte de engenharia civil como na parte hidromecânica aonde vamos fazer o investimento de R$ 1 milhão. Os recursos já estão disponíveis no Programa de Segurança de Barragens e nós teremos agora pelo meio de março, começo de abril, dando a ordem de serviço para uma obra mais intensa de recuperação, de manutenção daquele reservatório construído há mais de 40 anos, que não teve as manutenções adequadas. Mas esses reservatórios do Dnocs, são bem construídos que apesar dessas situações não há perigo iminente de rompimento”.

IDEPI

O presidente do Idepi, Geraldo Magela, explicou que o açude não é de responsabilidade do órgão, mas sim do Dnocs: “Nós, do Idepi, não somos os responsáveis pela barragem de Piripiri, e sim o Dnocs. Mas, as barragens pelas quais somos responsáveis, nós estamos cuidando, existem barragens que estão com um volume relativo de água, mas que nós já estamos trabalhando para recuperar”, afirmou.

Segundo ele, duas barragens de Campo Maior estão esperando autorização para o início da recuperação. “Nós já estamos licitando e estamos só aguardando a autorização do Ministério do Desenvolvimento Regional para fazer as obras de recuperação das barragens do Bezerro e Emparedado em Campo Maior. Então, estamos fazendo o monitoramento de todas as barragens”, ressaltou.

Ele ainda garantiu que não há riscos de rompimento. “Assim, não existem essas barragens com situação de risco iminente da forma que está sendo colocado. Ela [barragem de Piripiri] precisa sim ter o acompanhamento e isto estamos fazendo, tanto o Idepi quanto o Dnocs”, declarou.

DER-PI

Castro Neto, diretor do DER-PI, falou sobre o trabalho feito no asfalto na BR que contorna o açude. “O revestimento tem 10 anos de idade, então a sua vida útil já se exauriu, ele tem fissuras, aparecem buracos com o tráfego pesado e com as chuvas os buracos aumentam e como lá em cima não tem declividade suficiente a água empossa e infiltra”, explanou.

“Mas, o DER vem sistematicamente, em todos os invernos, há 10 anos, fazendo operações tapa- buracos para que essa água não infiltre e até como procedimento padrão nosso”, afirmou.

De acordo com Castro Neto, o órgão está adotando um novo processo: “Neste ano, estamos mudando esse procedimento, por exemplo, quando uma estrada está muito esburacada ao invés de fazer uma operação tapa-buraco a gente retira a estrada velha e coloca uma estrada nova, então se a estrada tem 20 km, e 2 km muito esburacado, ao invés de tapar os buracos a gente retira os 2 km e coloca um novo. Foi feito assim lá em um povoado de Caracol, em Barra D’Alcântara, Lagoa do Sítio, e vários outros municípios do Piauí, e vai ser feito assim em Caldeirão”, disse.

Questionado sobre o porquê esse trabalho ainda não foi feito na barragem de Piripiri, Castro Neto: “Nossa equipe está lá há 15 dias, fazendo a topografia, mas no período invernoso, por causa da chuva, não tem como abrir a terraplanagem agora, então vamos fazer mais uma vez a operação tapa-buracos e assim que passar o período de chuvas, colocaremos lá 700 m de estrada nova, com drenagem nova em cima da parede do Caldeirão”, assegurou.

Já em relação ao risco, Castro informou que a avaliação é feita pelo Dnocs. “Essa avaliação cabe ao Dnocs que é o especialista em barragens, o DER é especialista em estradas. O que está acontecendo lá é que como disse, lá em cima não tem declividade e a água está empossando e está infiltrando. Mas estamos com a operação para acabar com essa infiltração. Eu solicitei que a equipe fizesse uma limpeza de todo o mato, todo o material que estava na parede do açude para poder justamente olhar se tinha alguma fissura, algum vazamento, foi feita a limpeza e não foi constatado nenhum vazamento nem pela equipe do DER, nem do Dnocs. Amanhã vou novamente a Piripiri dar mais uma olha e certificada nos trabalhos. E amanhã também já começa a operação tapa-buracos lá”.

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