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Piauí

Juiz manda empresário Pedro Veloso para o banco dos réus por estelionato

Ele foi preso em flagrante no dia 06 de agosto, acusado de estelionato e associação criminosa.

O juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima, da 1ª Vara Criminal de Teresina, recebeu denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Piauí e tornou réu o empresário Pedro Veloso Nogueira Neto, preso em flagrante no dia 06 de agosto, acusado de estelionato e associação criminosa, na modalidade golpe do boleto - bolware. A denúncia também foi recebida em face dos empresários Felipe Rangel Borges Barradas e Antonio Sousa da Silva, pelas práticas dos delitos tipificados no art.171 e art.288, ambos do Código Penal.

De acordo com a decisão, a denúncia contém os requisitos legais previstos no art. 41 do CPP e não estão configuradas as circunstâncias que autorizam sua rejeição liminar, previstas no art. 395, do mesmo diploma legal.

Foto: Reprodução/WhatsAppPedro Veloso Nogueira Neto
Pedro Veloso Nogueira Neto

O juiz determinou a citação dos acusados para responderem à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

Entenda o caso

Os policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Piauí prenderam um empresário identificado como Pedro Veloso Nogueira Neto, acusado de estelionato e associação criminosa, na modalidade golpe do boleto - bolware. O caso ocorreu no dia 06 de agosto de 2021, em Teresina, dentro de uma agência bancária, mas só foi divulgado pela polícia na segunda-feira (09).

De acordo com a Polícia Civil, a prisão do acusado ocorreu quando o empresário estava realizando a movimentação de aproximadamente R$ 166 mil obtidos com o golpe.

A investigação policial constatou que Pedro Veloso Nogueira Neto conseguia invadir o sistema de uma das empresas vítimas do golpe e, dessa forma, passava a enviar boletos com endereço errado a clientes dessa empresa. Após receber o boleto, os clientes realizavam pagamento, levados a erro pela fraude. O dinheiro percorria um caminho no sistema financeiro nacional e era levantado a partir da conta do empresário preso pela Polícia Civil, como explicou o delegado Francírio Queiroz.

“Nossos policiais vinham analisando os boletins de ocorrência relacionados a esse tipo de golpe e conseguiram elucidar o modo de atuação criminoso, culminando com a prisão na sexta-feira e bloqueio de parte do valor do dinheiro das vítimas. Somente o CNPJ do investigado preso gerou mais de R$ 2 milhões em uma única instituição financeira, demonstrando o potencial lesivo da associação criminosa”, explicou.

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática ressaltou que várias empresas têm sido vítimas do golpe do boleto e alertou para verificações de praxe, que podem diminuir as chances de se cair no golpe.

“Várias empresas têm sido vítimas de golpes online, especialmente, porque possuem maior disponibilidade de valores em suas contas. Esse é um crime que pode ser cometido à distância, e muitas vezes o autor se esconde atrás de identidades falsas. É necessário que o mercado seja cada vez mais criterioso quanto a regras de segurança para realização de transações online, bem como que as pessoas tenham bastante atenção em seus pagamentos e negociações”, informa ao Delegado Anchieta Nery titular da DRCI – Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.

Figuram como vítimas no inquérito policial grandes empresas com sede em Teresina e no interior do Estado. O empresário foi autuado em flagrante e o Poder Judiciário converteu a prisão dele em preventiva.

Outro lado

O empresário Pedro Veloso não foi localizado pelo GP1.

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