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Polícia

Caso de criança espancada até a morte em Uruçuí tem reviravolta após depoimentos

Segundo o delegado, a tia da vítima, que está presa, não estava na residência no momento do ocorrido.

A investigação sobre a trágica morte de Maria Eduarda, uma criança de 4 anos, no município de Uruçuí, no Sul do Piauí, ganhou novos contornos após uma série de depoimentos de vizinhos, profissionais como psicólogos, professores e diretores escolares. A suspeita principal era a própria tia, Jéssica Pais de Sousa, de 30 anos, que foi detida em virtude do crime ocorrido em 14 de outubro.

No entanto, o delegado Marcos Halan, encarregado do inquérito, relatou que tanto a suspeita como testemunhas afirmaram que Jéssica de Sousa não estava presente na residência no momento em que a menina foi brutalmente agredida. Os depoimentos revelaram que ela estava trabalhando como doméstica durante o período do crime.

Marcos Halan revelou que o laudo pericial constatou que a criança sofreu traumatismo craniano e era vítima de maus-tratos. Tanto Maria Eduarda quanto seu irmão de 3 anos apresentavam lesões corporais consistentes com agressões repetidas.

No primeiro depoimento à polícia, a tia alegou ter levado a menina ao hospital sob a justificativa de mal-estar, porém essa versão foi descartada posteriormente.

O delegado enfatizou as contradições nos relatos da suspeita, que chegou a afirmar estar trabalhando no momento em que a menina passou mal e até mesmo alegou que as marcas no corpo eram devido a uma suposta diabetes de Maria Eduarda.

Tanto Maria Eduarda quanto seu irmão de 3 anos estavam em um abrigo em Goiás, pois a mãe encontrava-se internada em um hospital psiquiátrico. Após a morte da menina, foi descoberto que ambos foram entregues à tia de forma ilegal.

Foto: GP1Maria Eduarda apresentava sinais de violência por todo o corpo
Maria Eduarda apresentava sinais de violência por todo o corpo

Além disso, a diretora do abrigo Pequeno Edson, situado na cidade de Posse, em Goiás, também foi detida sob suspeita de envolvimento em tortura, maus-tratos, prevaricação e até mesmo aborto envolvendo crianças e adolescentes da instituição.

O delegado Marcos Halan informou que ainda planeja colher depoimentos adicionais para a conclusão do inquérito.

"De acordo com as evidências até agora, tudo indica que a tia da menina responderá por maus-tratos e fraude processual, dado que ela admitiu ter alterado a cena do crime", afirmou o delegado.

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