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"Teresina em 20 anos teve menos investimento do que a favela do Alemão", diz Senador João Vicente

Em entrevista concedida na redação do Portal GP1 o parlamentar petebista diz que problemas de Teresina são antigos e que a capital não recebeu os investimentos necessários.

O Senador piauiense João Vicente Claudino (PTB) disse acreditar que o prefeito de Teresina, Elmano Férrer, de seu partido, ainda tem muitos desafios pela frente e que está enfrentando os problemas com coragem e determinação. Em entrevista concedida na redação do Portal GP1, o parlamentar criticou os problemas que se avolumaram ao longo dos últimos 20 anos em Teresina e aponta a gestão do atual prefeito como aberta e transparente.

Sobre os problemas que mais afligem o teresinense, João Vicente informou que Teresina não recebe o investimento necessário. “Vou lhe dar um dado só pra você ter uma ideia: quando aquela Força de segurança nacional do Governo Federal invadiu o complexo do Alemão, que é uma favela do Rio de Janeiro, existe todo um tratamento de galerias, e foi inclusive por essas galerias que os bandidos, os traficantes até fugiram”, lembrou o parlamentar. “O jornal nacional noticiou que lá existiam 93% de saneamento de tratamento de esgoto, isso na favela do Alemão! Enquanto em Teresina só existe 16%! Olha isso! Só de 16% de saneamento! Nessa área Teresina esse tempo todo teve menos investimento do que a favela do Alemão!”, enfatizou o senador.

Imagem: Wanessa Gomes/GP1Senador João Vicente Claudino(Imagem:Wanessa Gomes/GP1)Senador João Vicente Claudino


Transporte Coletivo de Teresina

João Vicente também lembrou que os problemas no transporte urbano sempre foram reivindicações dos teresinenses esses anos todos. “Teresina é a única capital do Brasil que não tem integração de linhas, vai ter agora porque o prefeito Elmano enfrentou os problemas e vai fazer. E talvez seja a única, ou das únicas, que nunca teve licitação de linha do transporte coletivo, mas isso é uma questão jurídica, está no contencioso jurídico, está na justiça”, informou o parlamentar petebista. “E aqui o prefeito Elmano, e até por conta de todo aquele debate que sempre girava em torno somente da questão do valor da tarifa, que é um debate longo, de muitos anos, aqui ele abriu a planilha, que nunca tinha sido aberta, era uma caixa preta mesmo que nunca tinha sido discutida, foi aberta agora e ele ouviu todas as entidades, inclusive os estudantes, e entendemos que as manifestações, as reivindicações são legítimas”, disse o senador referindo-se às manifestações dos estudantes que culminaram no recuo do prefeito em permitir o aumento da tarifa de ônibus e na abertura da planilha apresentada pelo SETUT.

Ainda em relação ao transporte público, João Vicente Claudino lembrou que Elmano Férrer deu sua palavra em não aumentar a passagem enquanto não fosse realizada a integração das linhas. “São todos problemas que o prefeito está tendo a coragem de enfrentar, tudo foi tornado de uma maneira transparente. Então ele colocou sua palavra que qualquer aumento só será feito quando for feita a integração, a já vai começar a ser feita”, informou.

“Eles apontam com o dedo voltado para eles mesmos”

Em relação às críticas que o PSDB vem realizando sobre a gestão de Elmano Férrer, João Vicente Claudino Então é muito fácil quando você vira oposição atacar o prefeito, mas tem que ver que desde 85 e eles estiveram lá. No caso do PSDB eles apontam com o dedo voltado para eles mesmos, apontar os problemas que a prefeitura enfrenta é reconhecer os erros dos gestores do PSDB desde 85 até pouco tempo. Foram mais de duas décadas de PSDB à frente da prefeitura de Teresina”, ressaltou João Vicente.

O senador apontou também que Teresina tem muitos problemas e que a gestão de Elmano quer contar com todos ajudando a cidade, inclusive com o PSDB. “Nós assumimos a prefeitura e não saímos falando de mazelas, e não falamos não é porque Teresina estava organizada administrativamente não, é por ética”, disse o senador. “E algum ponto que nós colocamos de crítica foi apontando uma realidade e não dissemos que não foi feito nada, mas não se pode também fingir que não se vê nada porque quem passou mais de duas décadas e não resolveu esses mesmos problemas não pode falar de ninguém”, finalizou João Vicente Claudino.

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