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Política

Para oposição, declarações de Palocci em entrevista foram "insuficientes"

Já o vice-líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), considerou "convincente e satisfatória" a entrevista

A primeira entrevista do ministro Antonio Palocci sobre sua evolução patrimonial, exibida na noite desta sexta-feira, 3, no Jornal Nacional, foi recebida com descrédito pela oposição e como “convincente” por lideranças do PMDB, partido da base aliada do governo.

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), considerou “insuficientes” as explicações. “Se há alguma explicação, o ministro não quis ou não pode dar. Isso só reforça a suspeita de que cometeu tráfico de influência. O melhor para o país é o seu afastamento”, disse o líder do PSDB, segundo nota divulgada há pouco por sua assessoria.

Nogueira destaca, na nota, que o fato de Palocci ter demorado 20 dias para falar sobre o assunto já é indicativo de que ele não falaria nada de novo. “Vir à televisão para não dizer nada só piora a situação e agrava a crise. Quem eram seus clientes, como era sua consultoria, quanto recebeu por isso. Nada disso foi esclarecido. Ele está em uma posição que não permite mistérios sobre suas atividades”, insistiu.

Já o vice-líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), considerou “convincente e satisfatória” a entrevista. “As atividades privadas foram feitas quando ele não era ministro, não tenho dúvidas da lisura dele”, frisou.

Cunha observou que Palocci não divulgou números nem os nomes das empresas para quem trabalhou, mas ressaltou que ele não pode expor os clientes dele. A vantagem da entrevista, na visão do peemedebista, é que Palocci “atacou o problema de frente, meteu a cara. Não se escondeu atrás de uma nota de dez linhas”, afirmou, em alusão às notas oficiais divulgadas pela assessorai do ministro.
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