Servidores públicos municipais de Picos cobram reajuste salarial de 43,24%

Depois de seis anos e seis meses com os salários congelados, os servidores públicos municipais de Picos estão cobrando um reajuste de 43,24 por cento, além de outras conquistas que precisam ser inseridas no Plano de Cargos e Salários da Categoria, que deverá ser votado até o próximo dia 30 de julho na Câmara de Vereadores.


Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), Eufrásio Leônidas dos Santos, após a paralisação de advertência realizada dia 2 de junho, a Prefeitura de Picos resolveu negociar e na última terça-feira, 28, aconteceu uma reunião entre as duas partes para tratar sobre a implantação do Plano de Cargos e Salários da Administração Geral e modificações no Plano da Educação.


Eufrásio explicou que após a reunião foi composta uma comissão formada por seis membros, sendo três de cada uma das partes, para discutir a formatação do Plano de Cargos e Salários dos servidores da Administração Geral, que deverá ser aprovado até 30 de julho, bem como as modificações no Plano da Educação que foram vetados quando da votação em 2008.


“Acredito que chegaremos a um entendimento, pois já houve a preocupação de chamar o sindicato para conversar, numa demonstração que querem negociar alguns termos e se isso vier em consonância com o que estamos reivindicando, vamos apresentar para a assembleia e acredito que esta decidirá favoravelmente”, previu Eufrásio Leônidas.


O presidente do Sindserm informou que no plano da administração geral foi proposto um aumento de 43,24%, que corresponde à inflação acumulada dos últimos seis anos que não foi repassada para os salários dos servidores, mais o ganho real. “Esperamos conseguir isso, porém, se não foi possível pelo menos um meio termo que venha agradar a classe, que está ansiosa por esse reajuste”, frisou.


O Procurador do Município Daniel Lopes disse que acredita no entendimento visando evitar o confronto entre os dois lados, que não é bom para ninguém, principalmente para a comunidade que precisa do serviço. Para isso, ele defende que cada um ceda um pouco para se chegar a um consenso.


“Talvez os 43 por cento de reajuste salarial não seja possível neste momento, mas podemos chegar a um valor que seja aceito pelas partes”, enfatizou o procurador do município, advogado Daniel Lopes.