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Política

Cunha nega acordo com governo para evitar impeachment

O presidente da Câmara afirma que conversou com ministros, mas no caso do impeachment ele é o juiz e age com independência.

Nesta quinta-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desmentiu que esteja negociando com o governo um possível acordo para que seja poupado no Conselho de Ética da casa e, em ‘agradecimento’, barre a abertura do processo de impeachment contra Dilma.

De acordo com Gerson Camarotti, do G1, o presidente da Câmara havia ensaiado uma aproximação com o governo por conta do agravamento das denúncias contra ele e buscava uma possibilidade de ter seu mandato poupado no processo que responderá por quebra de decoro parlamentar.
Imagem: Sérgio LimaDelator da lava-jato diz que Cunha dava a palavra final(Imagem:Sérgio Lima)Delator da lava-jato diz que Cunha dava a palavra final

Na ocasião, Cunha ainda criticou os jornalistas. “Acho muito engraçado que vocês [jornalistas] pegam as versões e publicam as versões, apesar de a gente desmentir, com destaque, com manchete, como se fosse fato. A mim só cabe desmentir. (...) Não fiz acordo nem com o governo, nem com a oposição”, disse.

O presidente da Câmara ainda disse que tem exercido seu papel institucional e não conversa com ninguém a respeito do possível impeachment da presidente Dilma.

“Tenho exercido meu papel institucional. Sempre disse que não ia agir nem como governo nem como oposição. Com independência. (...) Neste papel do impeachment eu exerço papel de juiz. Alguém conversa com juiz sobre a sentença que ele vai dar? Não existe isso”, afirmou.

Ainda de acordo com o Blog do Camarotti, o peemedebista havia reclamado do ritmo das investigações contra ele pela Procuradoria Geral da República, mas o governo afirma que não há como Cunha interferir no trabalho do procurador-geral Rodrigo Janot.

O deputado assumiu que conversou com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), mas que não existe acordo.

Conselho de ética


O PSOL e a Rede entraram com uma representação no colegiado para que Cunha seja investigado por quebra de decoro parlamentar, já que em março, em depoimento à CPI da Petrobras, disse que não possuía contas no exterior e o procurador-geral, Rodrigo Janot, confirmou contas de Cunha na Suíça.

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