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Política

"Não tem uma viva alma mais honesta do que eu", diz Lula

O ex-presidente afirmou que irá participar ativamente das eleições de 2016. Lula também definiu o processo de impeachment de Dilma como "tentativa de golpe explicita".

Nesta quarta-feira (20), durante um café da manhã com blogueiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que irá participar “ativamente” do processo eleitoral nas eleições municipais deste ano.
Imagem: Zipi/EfeEx-presidente Lula(Imagem:Zipi/Efe)Ex-presidente Lula

O ex-presidente afirmou que em 2016 vai fazer ainda mais política e que as pessoas “vão ver” o desempenho do PT e observar que o partido “não está acabado”. Como exemplo, Lula citou com confiança a possível reeleição de Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo.

"Eu vou fazer mais política. Este ano tem eleições. Eu vou participar ativamente do processo eleitoral. Tem gente dizendo que o PT acabou, vocês vão ver o PT. Estou convencido de que o Haddad vai ser reeleito, para ficar no exemplo da maior cidade. Eu vou dar palpite, vou falar mais, vou conversar mais com companheiros. Vou ajudar meu partido a ganhar a eleição", disse o petista.

Lula ainda se referiu ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e o qualificou como “tentativa de golpe explícita”.

"Os democratas não podem se transformar com essa tentativa de golpe explícita, o impeachment da Dilma. Democracia é tão séria que não se brinca com democracia. Eles [opositores do governo] tentam destruir a democracia negando a política", disse.

Operações policiais

O ex-presidente Lula também falou das ações policiais que apuram os esquemas de corrupção no Brasil, como a Lava Jato. De acordo com Lula, as investigações só são possíveis porque o PT criou mecanismos para que nada fosse jogado “embaixo do tapete”.

"Esse processo [investigações] existe na magnitutde que existe porque o governo criou condições para apurações", afirmou Lula. "Dilma vai ser reconhecida por isso", completou.

Luiz Inácio disse que a imprensa “condena” os suspeitos mesmo antes de decisão da Justiça. "Os direitos humanos valem para todos os brasileiros. No Brasil, neste momento, nem habeas corpus as pessoas tem conseguido", disse.

De acordo com o ex-presidente, durante a delação premiada com os investigados das operações, os investigadores perguntam se têm algo a dizer contra Lula. “Eles querem chegar no Lula. Eu tenho endereço fixo, todo mundo sabe onde eu moro. Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste país, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica. Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido”, afirmou.

"Não existe nenhuma ação penal contra mim. O próprio Moro [juiz federal responsável pela Lava Jato na primeira instância] disse que eu não sou investigado. Eu acho que não há nenhuma possibilidade de uma ação penal", continuou.

"As pessoas deveriam me agradecer, porque o papel de qualquer presidente quando viaja é tentar vender serviços de seu país. Essa é a coisa mais normal. Tem uma tese de que o Lula faz jogo de influência. Como se o papel do presidente da República fosse ser uma vaca de presépio", disse Lula, ao falar sobre as viagens que fazia quando ainda era presidente.


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