João de Deus diz que decisão de romper com PSD cabe ao governador

O líder do Governo na Assembleia Legislativa do Piauí, deputado estadual João de Deus (PT), falou ao GP1, nesta terça-feira (18), sobre como ficará a relação do PSD com o Governo do Estado após o deputado federal Júlio César Lima, presidente do partido, votar a favor do impeachment da presidente Dilma.
João de Deus afirmou que a decisão sobre um possível rompimento com o PSD cabe exclusivamente ao governador Wellington Dias. “Nós aqui [na Assembleia] estamos muito tranquilos com a base do governo, vamos deixar que essa seja uma decisão específica do governador. Eu acho que o PT tem o direito de se manifestar publicamente, dizer o que pensa, mas acho que essa decisão final é do governador, que é uma pessoa muito sensata, que com certeza acompanhou todo o processo de votação em Brasília, conversou com todas as lideranças e seguramente ele já deve ter na sua cabeça formatado aquilo que ele vai decidir”, disse.

Para o petista, o governador, ao tomar a decisão, deve levar em conta a importância de manter condições favoráveis para governar o Estado. “A decisão é dele [Wellington Dias] e nós torcemos para que seja uma decisão sensata, levando em consideração a importância de a gente manter o nosso governo, fazendo seu trabalho de forma séria, voltada para os interesses da população”, declarou João de Deus, que também disse que já conversou com o deputado Georgiano Neto sobre o assunto: “ontem eu tive um conversa com o Georgiano dizendo que ele ficasse tranquilo, aguardando a decisão do governador”.
O líder do Governo ainda afirmou que prefere não fazer nenhum julgamento quanto aos deputados que votaram a favor do seguimento do impeachment. “Eu não quero fazer nenhum julgamento, eu acho que quem tem que fazer julgamento é a população. A população do Piauí com certeza acompanhou de perto, viu como cada deputado votou, não só os do Piauí, mas do Brasil inteiro. Eu acho que a gente conversa com o povo e vê nas redes sociais os comentários, enfim...eu acho que esse é um julgamento que mais cedo ou mais tarde a população vai fazer”, disse.

Com informações da repórter Thais Guimarães