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Política

TSE suspende sessão sem definir se delações entram na ação

O ministro Herman Benjamin defende que relatos de executivos da Odebrecht sejam mantidos no processo.

Nesta quarta-feira (07), o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relator do processo que investiga a campanha de 2014, suspendeu a leitura de seu voto no julgamento e deixou para quinta-feira (08) a análise das acusações contra o ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente Michel Temer.

Benjamin foi o primeiro a votar no TSE e se concentrou na sessão desta quarta na análise das chamadas "preliminares" (questionamentos das defesas sobre a regularidade do processo).

O ministro defendeu que os relatos de executivos da Odebrecht de que a campanha foi abastecida com dinheiro não declarado (caixa 2) repassado como propina por contratos fechados pela empreiteira com a Petrobras, conforme narrado em acordo de delação premiada, sejam mantidos no processo.

Os outros seis ministros da Corte, Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga, Tarcísio Neto, Luiz Fux, Rosa Weber e Gilmar Mendes irão decidir sobre a manutenção ou retirada dessas provas. São necessários quatro votos para uma decisão sobre a questão.

  • Foto: Daniel Teixeira/ Estadão ConteúdoMinistro Herman BenjaminMinistro Herman Benjamin

De acordo com o G1, em cada um de seus votos, os ministros também vão se posicionar pela condenação ou absolvição da chapa vitoriosa em 2014, acusada pelo PSDB de ter cometido abuso de poder político e econômico na campanha, o que teria provocado um desequilíbrio no pleito.

Com a suspensão da leitura do voto, Benjamin deixou para a próxima sessão, marcada para se iniciar às 9h desta quinta (8), se vai recomendar a cassação do atual mandato de Temer e a inegibilidade de Dilma por oito anos da a partir de 2018, punições previstas em caso de condenação.

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