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Política

Ricardo Saud diz que negociou propina para Eunício no Senado

A propina teria sido paga pela Vigor, empresa de Laticínios do grupo J&F.

Em delação premiada entregue à Procuradoria-Geral da República, Ricardo Saud detalhou o suposto pagamento de R$ 5 milhões de propina para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). A propina teria sido paga pela Vigor, empresa de Laticínios do grupo J&F. Em 2017 o delator já tinha citado o senador, mas o mesmo disse que as acusações eram mentirosas.

Segundo Saud, houve a oferta de propina dentro do gabinete da liderança do PMDB para que o presidente do Senado atuasse vetando emendas em medidas provisórias que poderiam favorecer a empresa LBR, concorrente da J&F. Segundo Saud, Eunício “mostrou frande eficácia em cumprir sua parte no trato”.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoSenador Eunício OliveiraSenador Eunício Oliveira

“Em 25.03.2014, uma proposta de emenda à MP 627/2013, elaborada pelo Ministério da Fazenda em conjunto com a Receita Federal, não foi aprovada; em 22.04.2014, outra proposta de emenda, agora à MP 628/2013, não foi aprovada; e, em 07.05.2014, uma terceira proposta de emenda, desta vez à MP 634/2013 não passou”, afirmou Saud.

Saud disse ainda que Eunício pediu para que os pagamentos fossem feitos ao partido. “Para cumprir este acerto, a Vigor fez quatro pagamentos ao PMDB, por determinação do senador Eunício Oliveira, que era, tesoureiro nacional do partido e explicou que teria facilidade para destinar os recursos para sua campanha ao governo do estado do Ceará”, disse Saud.

Ricardo Saud disse que a Vigor, da J&F, efetuou o pagamento de R$ 1,4 milhão; a Piracanjuba pagou R$ 1,1 milhão; a Italac R$1,2 milhão; a Tirolez o valor de R$ 120 mil e a Itambé o valor de R$ 500 mil.

Nota do senador Eunício à imprensa

Nota à Imprensa

O senador Eunício Oliveira afirma que os diálogos relatados pelo delator são imaginários, nunca aconteceram, são mentirosos, como é possível constatar na prestação de contas do diretório nacional de PMDB ao TSE.

No ano de 2013 não há doações ao partido conforme diz o delator, como é possível constatar nas prestações de contas do diretório nacional, que são públicas e podem ser verificadas nas declarações ao TSE.

Como relator revisor, o senador recebeu representantes do setor sim, como é absolutamente normal em casos de relatoria. O senador Eunício Oliveira não usa e nunca usou suas funções legislativas para favorecer empresas públicas ou privadas.

As contribuições eleitorais do grupo JBS para a companha de 2014 aconteceram sim, e estão devidamente declarados à justiça eleitoral na prestação de contas do candidato Eunício Oliveira.

Assessoria de Imprensa

Senador Eunício Oliveira

Brasilia, 19.05.2017

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