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Política

‘Nosso inimigo é o preço do feijão’, diz Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado também defendeu novamente harmonia entre Poderes.

Em reunião com o Fórum de Governadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu um esforço entre todos os agentes políticos para a construção de um ambiente de estabilidade política. “Nosso inimigo não está entre nós”, afirmou. “Nosso inimigo é o preço do feijão, é o preço da gasolina, da luz elétrica. É o preço dos alimentos de forma geral, que tem sacrificado a população.”

Nesta quinta-feira, 2, seis governadores representantes do fórum se reuniram com Pacheco defendendo novamente uma harmonia entre os Poderes, para que o País possa recuperar seu equilíbrio. E, na conversa, Pacheco concordou com a visão dos mandatários.

“Há um sentimento geral que, a despeito de divergências que existam, nós temos problemas para ontem. Nosso inimigo não está entre nós. Nosso inimigo é o preço do feijão, é o preço da gasolina, da luz elétrica. É o preço dos alimentos de forma geral, que tem sacrificado a população. Nós temos de discutir isso no Brasil e não perdermos tempo com aquilo que não convém, com aquilo que não calha para poder solucionar o problema imediato das pessoas. Então, o papel de maturidade política de todos esses agentes ao sentarem se na mesa para tratar dos problemas nacionais é muito importante para o Brasil”, afirmou o presidente do Senado.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse que a instabilidade política só agrava a situação do País com impacto direto na economia. “É claro que a instabilidade política tem reflexos muito fortes na economia. E prejudica a todos”, lembrou.

“Não há melhor ambiente do que a democracia. Portanto, esta manifestação dos governadores sem fulanizar, sem especificar, sem agredir, mas preservando sempre esse conceito importante da nação, que é q preservação do Estado democrático de Direito, é muito bem recebida pelo Congresso Nacional”, disse Pacheco.

“E é muito importante que todos nós estejamos unidos, respeitando as divergências, na busca de consensos, na busca de convergências, mas com um aspecto que é para todos nós inegocivel: não se negocia a democracia. Democracia é uma realidade. O Estado de Direito é uma realidade. A sociedade já assimilou esses conceitos e esses valores nacionais. De modo que estaremos sempre unidos nesse propósito de preservação da democracia no nosso País”, disse Pacheco.

Existe um temor dos governadores que as manifestações do 7 de setembro sirvam para ameaçar a democracia no País. Para eles, o clima de beligerância e de ameaças às instituições acabam servindo para afastar investimentos do País e ainda criam um clima de insegurança na população.

Por causa disso, há também um movimento para que algum tipo de ação possa ser construída entre governadores, Congresso e governo para conter especialmente a alta de preços.

“Obviamente, que há uma intenção enorme dos governadores e essa é também a intenção do Senado de encontrarmos soluções e alternativas para conter esse aumento muito considerável de itens”, disse Pacheco. “Definimos até os itens. Alimentos, energia e combustíveis. São itens que sacrificam a população brasileira. Tem aumentando muito o preço e o valor desses itens. E ha uma perda considerável do poder de compra dos brasileiros. Então, vamos estudar todos os mecanismos possíveis, alinhados com o Ministério da Economia, que deve ser protagonista disso. Porque o Ministério da Economia é que deve definir as diretrizes da economia nacional. Portanto, essa é uma construção que precisa muito ser imediatamente feita para que possamos ter menos pobreza, menos miséria e menos fome no Brasil”, afirmou.

“Há uma busca por uma estabilidade mínima para que os números possam ser contidos, de inflação, de juros, de câmbio, de índice de desemprego. Esse é um trabalho muito sério que precisa ser feito e o papel dos governadores é fundamental porque eles vivem a realidade local”, acrescentou o presidente do Senado.

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