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Política

Eduardo Leite recebeu aposentadoria de R$ 40 mil após renunciar governo

O pagamento do benefício está publicado no Portal da Transparência do Governo do Rio Grande do Sul.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), recebeu no mês de maio uma pensão especial de R$ 39.993,32 mil por ter exercido o mandato como chefe do Poder Executivo do estado entre 2018 e março de 2022, quando renunciou ao cargo na expectativa de ser pré-candidato tucano à Presidência da República. O pagamento do benefício está publicado no Portal da Transparência do Governo do Rio Grande do Sul.

Leite recebe o benefício mesmo tendo sancionado uma lei, em agosto de 2021, que acabou com o pagamento de pensões especiais vitalícias para nove ex-governadores do estado e quatro viúvas. Leite anunciou nesta semana sua pré-candidatura à reeleição ao governo gaúcho.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Eduardo Leite
Eduardo Leite

Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputados afirmaram que o processo ocorreu sem a devida transparência, pois o ato que autorizou o pagamento não foi publicado no Diário Oficial.

O partido Novo do RS declarou que deve entrar com uma ação contra o pagamento. Os deputados estaduais Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo, também apontam que Leite não poderia receber o benefício. “A lei previa que os ex-governadores teriam direito à pensão. Mas quando Leite se tornou ex-governador já não havia lei nenhuma. Nós a revogamos na Assembleia. O que ele tinha era uma expectativa, não um direito. Isso é o que vale desde sempre para qualquer trabalhador", afirmou Ostermann em nota.

Leite diz que pagamento está dentro da lei e contesta valor

Em nota, a assessoria de Leite alegou que o valor de R$ 40 mil não se trata de uma aposentadoria e sim de uma pensão especial. Segundo o ex-governador, o valor de R$ 40 mil é referente a dois meses de recebimento do benefício, que seria de aproximadamente R$ 20 mil. Os outros R$ 20 mil listados no portal da transparência seriam referentes ao pagamento retroativo desses valores.

“Ao sancionar a lei n° 15.678/21, o ex-governador abriu mão de receber o valor que estava previsto na legislação anterior, restando a ele o direito de receber não o valor integral da pensão, mas 65% do subsídio que percebem ex-governadores e apenas por até quatro anos. Os ex-governadores anteriores têm o direito de receber pensão vitalícia”, diz a assessoria de Eduardo Leite.

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