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Ministério da Saúde confirma segundo caso de coronavírus no Brasil

Em nota, o ministério afirma que "não há evidências de circulação do vírus em território nacional".
Por Estadão Conteúdo

O Ministério da Saúde confirmou mais um caso positivo de coronavírus no Brasil neste sábado, 29. O paciente infectado também retornou de uma viagem na Itália. O ministério informou que foi notificado pela Secretaria de Saúde de São Paulo. Com isso, somam dois os números de pacientes com o vírus no País. Procurada para dar mais detalhes sobre o novo caso, a secretaria ainda não se posicionou.

Em nota, o ministério afirma que "não há evidências de circulação do vírus em território nacional. O Ministério da Saúde, em conjunto com a secretaria, está consolidando as informações e divulgará nota ainda hoje", diz o comunicado.

Esse segundo caso teve atendimento também no Hospital Albert Einstein e não ficou internado. O paciente é um homem e procurou a unidade de saúde na sexta-feira. O resultado do exame saiu neste sábado.

O primeiro caso de coronavírus no Brasil também oi registrado em São Paulo e o paciente também esteve na Itália, na região da Lombardia, norte do país, a mais afetada pelo surto de coronavírus lá. O primeiro caso foi confirmado na segunda-feira, 24, em um empresário de 61 anos na capital paulista que está em isolamento domiciliar. Ele foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein e teve o teste positivo. Depois, foi feita a contraprova no Instituto Adolfo Lutz e também houve resultado positivo. Ele esteve na Itália entre 9 a 21 de fevereiro.

Esse paciente cumpre isolamento domiciliar. Três parentes dele que estavam sob monitoramento não apresentaram sintomas da doença.

O ministério ainda não informou mais detalhes sobre o paciente. Em nota, disse apenas ter sido notificado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo no fim da tarde deste sábado sobre a confirmação.

O último boletim divulgado pelo governo do Estado de São Paulo constava com 66 casos suspeitos da doença. Na manhã deste sábado, 10 casos haviam sido descartados para o coronavírus.

Casos suspeitos

Na sexta-feira, 28, o número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, o Covid-19, no Brasil aumentou de 132 para 182.

Das notificações suspeitas, 71 foram descartadas. A maioria dos casos suspeitos está em São Paulo (66), no Rio Grande do Sul (27) e em Minas Gerais (17). O ministério destacou que os casos suspeitos do novo coronavírus só passarão a ser classificados dessa forma se a pessoa monitorada tiver febre, um sintoma a mais (como tosse e dificuldade respiratória) e ter viajado para um dos 16 países em alerta nos últimos 14 dias.

Ainda nesta sexta-feira, pesquisadores brasileiros conseguiram sequenciar o genoma do vírus que chegou ao País. O trabalho foi feito em apenas 48 horas desde a confirmação do primeiro caso brasileiro de infecção pelo novo coronavírus. O trabalho foi conduzido por cientistas do Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Oxford.

Eles fazem parte de um projeto chamado Cadde, apoiado pela Fapesp e pelo Medical Research Centers, do Reino Unido, que desenvolve novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real.

OMS aponta coronavírus em mais 51 países

O número de casos do novo coronavírus tem se estabilizado na China, epicentro da doença, mas se espalhado para mais regiões do mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam para 51 países com casos confirmados - 15 novos desde quinta-feira, 27.

A dispersão do vírus fez com que a OMS elevasse na sexta-feira o nível de alerta no mundo. Agora, a organização considera que o risco de dispersão e de impacto do Covid-19 é de alto para muito alto.

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus o contínuo crescimento do número de casos e países afetados é claramente motivo de preocupação. Ele continua defendendo, porém, que ainda é possível trabalhar para tentar conter essa expansão e exortou os países a se prepararem, ficarem alertas e agir rapidamente.

Na quinta-feira, ele já tinha dito que “todo país deve estar pronto para seu primeiro caso, seu primeiro cluster, a primeira evidência de transmissão comunitária e para lidar com a transmissão comunitária sustentada. E deve estar se preparando para todos esses cenários ao mesmo tempo”.

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