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Saúde

Bolsa brasileira tem forte queda em meio ao temor global com coronavírus

Dólar começou a quinta-feira em alta e perdeu força depois de intervenção no Banco Central.
Por Estadão Conteúdo

O mercado financeiro tem mais um dia tenso enquanto desdobramentos negativos da epidemia de coronavírus continuam a fazer com que os investidores abandonem posições arriscadas, como ações, e busquem ativos considerados mais seguros, por exemplo, títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

As Bolsas chegaram a desabar de 3% a 4% na Europa e nos Estados Unidos, com contínuas perdas do setor aéreo após a primeira vítima no campo corporativo (a britânica Flybe, que faliu na quinta-feira) e pelo tombo ao redor de 7% do petróleo - em meio a relatos de falta de acordo da Opep para reduzir a produção da commodity.

O impacto no Ibovespa é um pouco mais intenso: a perda chegou a superar 4%, ao nível dos 97 mil pontos, no pior momento do dia, em nível visto a última vez em agosto do ano passado. Às 13h15, o índice da Bolsa brasileira caía 3,77%, chegando aos 98.376,50 pontos.

Apostas em corte de juros no exterior aumentam, para redução de 0,75 ponto porcentual pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em março.

No Brasil, no entanto, os agentes reduzem um pouco expectativa de corte da Selic, pelo risco Brasil, além da pressão no câmbio. O dólar caía no começa da tarde, em ajuste pela alta observada de manhã, quando registrou máxima a R$ 4,6715, mesmo após a intervenção do Banco Central, com leilão de US$ 2 bilhões. Às 13h15, a moeda americana era cotada a R$ 4,6360, com queda de 0,33%.

Nas casas de câmbio de São Paulo, a moeda chegou a ser negociada por valores acima de R$ 4,86, de acordo com levantamento feito pelo Estadão/Broadcast.

Paralelamente, o CDS de cinco anos do Brasil, um importante indicador do risco país, sobe para 151 pontos, maior valor desde junho de 2019.

Perdas generalizadas na B3

O estrago na B3 é praticamente generalizado - apenas CVC (+15,15%), IRB (+5,64%) e Ambev (+0,46%) subiam no começo desta tarde.

Com queda do petróleo perto de 7%, diante de indefinições na reunião da Opep+ sobre corte na produção, as ações da Petrobrás perdiam entre 8,15% (PN) e 7,80% (ON). No mês, a variação acumulada negativa supera 8%. No começo da manhã, Petrobrás e Vale, companhias afetadas pela queda nas commodities, já haviam perdido, juntas, R$ 41 bilhões em valor de mercado.

Porém, o tombo das aéreas no mês é mais intenso, acima de 18% (Azul) e superior a 22% (Gol), diante do travamento das viagens, diante do temor de contágio pelo coronavírus, o que já resulta em redução da oferta de voos. No dia, Azul caía 2,22% e Gol cedia 2,57%.

Em Nova York, as quedas estavam em torno de 2%, após noticia de que a OMS afirmar que está perto de vacina e tratamento para conter a epidemia.

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