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Saúde

Nelson Teich: "por mais que se fale em economia, o foco são as pessoas"

Mais de 8 mil pacientes participarão das pesquisas que buscam tratamento para a doença; cloroquina e remédio para HIV estão sendo testados.

O recém-empossado ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta sexta-feira, 17, que o foco de atuação da pasta será as pessoas. Segundo ele, os mais pobres são os que mais vão sofrer os efeitos da pandemia.

"O foco que a gente tem aqui é nas pessoas. Por mais que se fale em saúde e economia, não importa o que se falem, o final é sempre gente", disse. O novo ministro destacou que esse é o "maior desafio" de sua carreira profissional e reforçou a necessidade de reunir informações para conhecer melhor a covid-19.

  • Foto: Gabriela Biló/Estadão ConteúdoNelson TeichNelson Teich

Teich destacou que há uma "pobreza" de informação sobre o novo coronavírus e defendeu a integração de informações dos ministérios sobre a doença para embasar melhor o planejamento de combate ao vírus. O novo ministro também defendeu que a pasta acompanhe indicadores sociais. "Pessoas que perderem planos de saúde vai impactar no SUS (Sistema Único de Saúde)", disse.

Com tom otimista, Teich citou que já existem medicamentos em estudo para o tratamento da doença e que a solução para a pandemia pode ser encontrada "mais rápido do que se imagina".

Nelson Teich é médico oncologista e foi consultor da área de saúde da campanha de Bolsonaro à Presidência em 2018. Chegou a ser cotado ao Ministério da Saúde à época.

Teich agradeceu as ações da gestão anterior de Mandetta e destacou que trabalhará na formação de uma equipe escolhendo "as pessoas certas para os problemas certos. Na despedida, Mandetta desejou sabedoria ao sucessor.

Demissão

Teich assumiu o cargo do lugar de Luiz Henrique Mandetta após sucessivos desentendimentos entre Bolsonaro e o ex-ministro sobre a diretriz das políticas públicas de combate à pandemia do novo coronavírus. Mandetta é a favor de medidas de isolamento social, na linha do que defende a Organização Mundial de Saúde (OMS). Já o presidente defende flexibilizar as medidas de distanciamento para a retomada da atividade econômica.

O ex-ministro também pedia cautela no uso da cloroquina para tratar a covid-19, com o argumento de que não há pesquisas científicas sobre a comprovação da eficácia contra o vírus. Enquanto Bolsonaro aposta no medicamento,usado no tratamento contra a malária, como um tipo de cura para a doença.

Já ontem, após o anúncio da demissão de Mandetta, Tecih afirmou em pronunciamento que não fará mudanças "bruscas" na pasta. O novo ministro disse ainda que existe um alinhamento com o presidente. “Saúde e economia: as duas coisas não competem entre si. Quando polariza começa a tratar pessoas versus dinheiro, o bem versus mal, emprego versus pessoas doentes”, afirmou Teich.

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