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Um dos principais entraves a consecução de nossos objetivos é o medo. Tentarei trazer ao leitor uma abordagem filosófica sobre o tema.

Genericamente falando, poderia o medo ser definido como uma alteração da estrutura emocional, ocasionando um estado de alerta, em razão de alguma causa. Normalmente conseguimos identificar a causa geradora, e, por conseguinte, podemos controlar mais ou menos as nossas reações de acordo com uma série de condicionantes. Baruch de Espinoza, um dos maiores filósofos da história da humanidade, asseverava que o medo é originário de uma idéia equivocada sobre algo e somente poderíamos nos libertar com o conhecimento.

Um resumo da Ética espinozista seria o seguinte - compreender o universo é estar libertado dele, compreender tudo é estar livre de tudo, pois só tememos o que não conhecemos e só amamos o que conhecemos -, o que, a toda evidência, está implícito no próprio conceito de filosofia - amor à sabedoria.

Outro robusto pensador que também tratou do tema foi o estóico imperador romano Marco Aurélio (in Meditações - São Paulo - Editora Martin Claret - 2003 - pág. 83): "Se uma causa exterior te perturba, a tua aflição não vem dessa causa, mas, sim, do teu juízo a respeito dela. Em teu poder está a possibilidade de diluir essa aflição. Se teu desgosto decorre de uma disposição interior, quem te impede de corrigir teu estado de espírito."

Obviamente, não se está dizendo aqui que seja uma tarefa fácil, mas sim, que buscar o equilíbrio e tornar-se um ser humano pleno é talvez uma das tarefas mais proveitosas e recompensadoras, e que agora possa ser o grande momento de início dessa caminhada.

Nesse contexto, destaco o pensamento de James Allen (in O Homem é Aquilo Que Ele Pensa - São Paulo - Editora Pensamento - pág. 21 e 22): "O mundo exterior das circunstâncias molda-se ao mundo interior dos pensamentos, e as condições externas, tanto as agradáveis como as desagradáveis, são fatores que contribuem em seu resultado final para o bem do indivíduo. Como ceifeiros de sua própria colheita, o homem aprende tanto pelo sofrimento como pela felicidade. (...) Os homens não atraem aquilo que eles querem, mas aquilo que eles são."

 Boa sorte a (nós) todos.

Eusébio/CE, 01 de junho de 2008.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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