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Colunista Brunno Suênio
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Fisioterapeuta é preso pelo DHPP acusado de matar morador de rua em Teresina

Além do fisioterapeuta, um segurança, apontado como o responsável pelos tiros, foi preso na sede do DHPP.

Reviravolta! O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) acaba de prender um fisioterapeuta, identificado como Hitalo Vinícius Nogueira de Almeida, acusado de participação na morte do morador de rua Francisco Eudes dos Santos Silva, assassinado em 24 de abril de 2022, no Centro de Teresina. Logo após a prisão, um segurança identificado como Sandro de Lima Freitas, apontado como o autor dos disparos que mataram a vítima, se apresentou na sede do DHPP.

O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela equipe do delegado Jorge Terceiro, que conduziu as investigações sobre o caso.

Foto: Reprodução/InstagramFisioterapeuta Hitalo Vinícius Nogueira de Almeida
Fisioterapeuta Hitalo Vinícius Nogueira de Almeida

A reviravolta

A prisão de Hitalo Vinícius e Sandro de Lima promove uma reviravolta no caso. Isso porque, no dia 02 de agosto deste ano, o DHPP chegou a prender o médico ortopedista Albert Basílio Medeiros, que havia sido apontado por testemunhas como um dos possíveis responsáveis pelo assassinato do morador de rua.

Durante seu depoimento na sede do DHPP, o médico Albert Basílio negou qualquer participação no caso e a Justiça concedeu a liberdade ao ortopedista, a pedido da defesa.

Investigações continuaram

As investigações sobre o caso continuaram e o diretor do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, determinou que a equipe apontasse os responsáveis pelo assassinato da vítima e apresentasse o resultado dos trabalhos, dirimindo qualquer dúvida sobre a autoria do crime. Com o avanço das diligências, os policiais chegaram a real autoria do crime, imputado a Hitalo Vinícius Nogueira de Almeida e Sandro de Lima Freitas.

“Segundo o delegado Jorge Terceiro, foram feitos os reconhecimentos fotográficos pelas testemunhas, tanto do Hitalo, como do médico [Albert], e as testemunhas apontaram como sendo o autor o médico, além das características do carro. Diante dessa incerteza, o delegado representou pela prisão temporária do médico, que foi ouvido e o próprio juiz o liberou, ao entender que as informações prestadas foram suficientes. Ele foi colocado em liberdade, mas a investigação não parou. O delegado Jorge Terceiro foi buscar mais elementos para comprovar se o médico estava envolvido ou não e, se ele fosse isentado, apresentar quem realmente foi o autor. Com o avanço das investigações, os policiais chegaram ao fisioterapeuta e ao segurança, que é namorado da mãe do fisioterapeuta”, explicou o delegado Barêtta.

O que motivou o crime

As investigações do DHPP identificaram que o fisioterapeuta, que estava acompanhado da mãe e do namorado dela, deixou seu veículo, uma Land Rover, estacionada sob os cuidados do morador de rua, e se dirigiu para um estabelecimento no centro de Teresina no dia 24 de abril de 2022.

Ao retornar, eles perceberam que um dos vidros do carro tinha sido quebrado. A partir daí, o fisioterapeuta, a mãe e o segurança passaram a procurar o morador de rua, que foi localizado logo depois e agredido com chutes e dois disparos de arma de fogo, um na perna e outro na cabeça. “Eles saíram procurando pelo morador de rua, foram até uma parada de ônibus na Praça João Luis Ferreira, e ofereceram dinheiro a testemunhas para indicar onde ele estava. A mãe do fisioterapeuta permaneceu no carro e, inclusive, ela orientou que o filho e o namorado fossem embora do local, pois era perigoso. Eles deixaram o local, mas retornaram e nesse momento o fisioterapeuta já chegou chutando o morador de rua, que quis se levantar. Nesse momento, o segurança deu um tiro na perna da vítima e outro na cabeça”, explicou o delegado Barêtta à Coluna.

Com as prisões, o inquérito será relatado e encaminhado à Justiça. “Numa investigação criminal existe uma probabilidade e possibilidade e, preliminarmente, não existe um juízo de certeza. A Polícia Civil tem o dever legal de investigar e dirimir qualquer dúvida, não podendo ficar nenhuma incógnita. Em nenhum momento foi afirmado que o médico foi o autor do crime, tanto que teve uma prisão temporária, mas tínhamos a responsabilidade de afirmar com provas que foi ele ou dizer que não foi, mas mostrando o autor, ao contrário do outro investigado, que teve agora a prisão preventiva decretada, após o delegado Jorge Terceiro, que preside o inquérito policial, angariar para os autos indícios robustos, harmônicos e coerentes”, finalizou o delegado Barêtta.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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