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Colunista Feitosa Costa
GP1

Juiz recebe resultado de perícia no computador do fotógrafo Delson Castelo Branco


O resultado do exame pericial no computador do fotógrafo Delson Castelo Branco Filho, 30 anos, encontrado morto em estado de decomposição exatos 30 dias depois de desaparecer em circunstâncias misteriosas, chegou às mãos do juiz Raimundo Holland Moura de Queiros, titular da 6ª Vara Criminal, ontem, 23, atendendo a solicitação da promotora Clotildes Carvalho, que devolveu o inquérito policial que conclui que a morte foi provocada por um acidente com a moto do rapaz.

A promotora desconfia que Delson não foi vítima de acidente. O desaparecimento do fotógrafo, que tinha um site de cobertura de baladas chamado "Galera Show", ocorrido no dia 16 de outubro de um posto localizado num posto de gasolina nas imediações do residencial Tancredo Neves, obteve uma repercussão muito grande e provocou uma série de especulações: poucas horas depois do encontro do corpo da estudante Fernanda Lages, o fotógrafo postara no Facebook uma mensagem que sugeria uma proximidade muito grande com a garota.

Imagem: ReproduçãoFotógrafo Delson Castelo Branco(Imagem:Reprodução)Fotógrafo Delson Castelo Branco
A partir dai começaram a circular em Teresina com um volume e rapidez impressionantes, enquanto Delson estava desaparecido, versões das mais diversas. Uma delas a de que Delson teria sido morto por ter imagens de encontros amorosos envolvendo garotas e algumas pessoas importantes. A família dele se apressou a desmentir a existência dessas imagens. Uma irmã do fotógrafo, em conversa com este repórter, disse ter examinado o computador e lá não havia nada comprometedor.

Quanto à mensagem que Delson postara no Facebook sugerindo intimidade com Fernanda ela atribuía ao espírito de grandeza do irmão, que gostava de contar que conhecia pessoas famosas quando na realidade só as conhecia superficialmente.

Desconfianças

A promotora Clotildes Carvalho devolveu o inquérito realizado pela polícia e não acatou a sugestão de arquivamento, achando "muito esquisita", feita pelo delegado que concluiu as investigações sobre a morte do fotógrafo, encontrado num terreno íngreme, no fundo de uma ribanceira da ponte sobre o rio Poty localizada nas imediações do "balão" que dá acesso ao conjunto residencial Tancredo Neves.

Clotildes pediu degravações no computador e informações sobre a utilização da máquina, antes e depois da morte do fotógrafo. Requereu também que fossem ouvidos dois empresários piauienses e um homem de comunicação. Os dois empresários eram amigos inseparáveis de Delson e utilizavam os seus serviços.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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