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Brasil teve quase 400 mortes violentas nos presídios em 2016

Ceará lidera entre os estados, com 50 mortes.

  • Foto: G1.comLevatamentoLevantamento

Levantamento feito pelo site G1, aponta que o Brasil teve 392 mortes violentas registradas dentro dos presídios no ano passado. Os dados foram fornecidos pelos governos dos 26 estados e do Distrito Federal e equivale a uma média de mais de um morto por dia. Piauí aparece na 9ª posição.

Os dados se referem as mortes consideradas não naturais incluindo homicídios e suicídios. No Amazonas, onde foram assassinados 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) no início da semana, foi registrado em 2016 dez mortes, o que representa menos de 1/5 das mortes registradas no 1º dia do ano em Manaus.

Na primeira posição do ranking aparece o Ceará, com 50 mortes. Parte delas aconteceu em uma rebelião no Centro de Privação Provisória de Liberdade (CPPL), em Itaitinga, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. Somente em maio, foram registrados 14 assassinatos durante conflito entre detentos.

Para o governador do Ceará, Camilo Santana, essa situação não é diferente da crise carcerária vivida nos outros estados. Todos os presídios do país enfrentam dificuldades, questões de infraestrutura e excesso de presos. Isso é uma realidade nacional. No ano passado, o estado construiu um presídio com mais de mil vagas, estamos construindo mais 3 mil vagas no Ceará. Mas isso não resolverá o problema prisional”, disse o governador.

Camilo Santana disse ainda que é preciso criar uma lei federal para evitar que eventos como este voltem a ocorrer. “Mas, se não houver uma ação articulada nacionalmente, com determinação de bloqueadores de celulares em todos os presídios nacionais, se isso não for uma lei federal, se não tiver recursos destinados para recuperar os presos e os presídios, dificilmente só os estados vão conseguir superar os desafios, e sempre haverá de acontecer fatos como os que aconteceram no Amazonas”, afirmou

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