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Taxa de homicídios no Brasil sobe mais de 10% de 2005 a 2015

Em 2015, foram registrados 59.080 homicídios. Esse número representa um aumento de 10,6% desde 2005.

Nesta segunda-feira (05), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou um estudo onde mostra que o Brasil teve, em 2015, uma taxa de homicídios de 28,9 a cada 100 mil habitantes. No ano, foram registrados 59.080 homicídios. Esse número representa um aumento de 10,6% desde 2005.

Entre os anos de 2010 e 2015, o aumento na taxa de homicídios foi menor, de 4%. Já de 2014 para 2015, houve queda de 3,1%.

Esse aumento de 10% de 2005 a 2015 é a variação que engloba o país inteiro. Entre os estados, existe uma diferença bastante significativa. Em dez anos, somente oito estados e o Distrito Federal tiveram queda na taxa de homicídios, que são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.

Já os estados do Amazonas, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins, foram os que apresentam aumento de mais de 100% na taxa de homicídios.

O estado do Rio Grande do Norte foi onde houve uma piora mais intensa, onde o aumento na taxa de homicídios em 10 anos foi de 232% - ou seja, mais que triplicou. Já a maior baixa na taxa aconteceu em São Paulo, onde houve queda de 44%.

O estudo também mostra que a taxa de homicídio de jovens no Brasil teve um crescimento de 17,2% entre 2005 e 2015, número maior que o crescimento médio no país no mesmo período, de 10,6%. Segundo estudo, os negros estão mais sujeitos à violência no Brasil. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes negros subiu 18,2%, a mesma taxa teve queda de 12,2% entre habitantes não-negros.

Quadro em 2017

Apesar de trazer dados até 2015, o relatório do Ipea traz também apontamentos sobre 2017. Segundo o Instituto, “apenas em três semanas são assassinadas no Brasil mais pessoas do que o total de mortos em todos os ataques terroristas no mundo nos cinco primeiros meses de 2017, que envolveram 498 atentados, resultando em 3.314 vítimas fatais”.

O estudo do Ipea também destacou as mortes que aconteceram em rebeliões nos presídios do Amazonas, Rio Grande do Norte e outros estados, além de episódios de violência nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, além das cidades de Fortaleza e Salvador. “Não apenas ônibus foram incendiados, mas verdadeiras guerras foram travadas no espaço público, com inúmeros homicídios perpetrados contra civis e policiais.”

O Ipea aponta ainda que esses números revelam que há uma “naturalização” do fenômeno do homicídio no Brasil, além de “um descompromisso por parte de autoridades nos níveis federal, estadual e municipal com a complexa agenda da segurança pública”.

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