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Acusado de engravidar sobrinha de 10 anos no ES acusa avô da criança

"Da mesma forma que fizerem exame em mim, quero que faça exame no avô dela e no filho do avô dela que morava na mesma casa”, disse ele dando a entender que outras pessoas abusaram da menina.

Antes de ser preso pela polícia, nesta terça-feira (18), Romildo Hortêncio de Jesus, 33 anos, acusado de estuprar e engravidar a sobrinha de 10 anos, em São Mateus, no Espírito Santo, gravou um vídeo onde pede que sejam realizados exames tanto no avô da criança quanto no filho dele que morava na mesma casa.

“Aqui é Romildo Hortêncio de Jesus, que se encontra em Belo Horizonte, em Betim, entrei em contato com a polícia para que eles possam estar me capturando e me levando de volta para o presídio para apurar os fatos do abuso que estão me acusando, só que uma coisa eu peço, da mesma forma que fizerem exame em mim, quero que faça exame no avô dela e no filho do avô dela que morava na mesma casa”, disse ele dando a entender que outras pessoas abusaram da menina.

Romildo é ex-presidiário e já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma. O novo mandado de prisão, por estupro de vulnerável, foi expedido pela 3.ª Vara Criminal de São Mateus, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), na quarta-feira passada (12).

A menina foi transferida de São Mateus, no norte do Espírito Santo, para o Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora. A Justiça capixaba deu o aval para a interrupção da gestação, mas o hospital que havia sido autorizado a fazer o aborto, no entanto, teria se negado a realizar o procedimento. A superintendente da unidade de saúde alegou que o procedimento não foi feito por questões técnicas e negou motivação religiosa.

Desde domingo, a criança está internada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE) onde teve a gestação interrompida. O procedimento foi feito no domingo (16) e finalizado na segunda-feira (17).

No dia do procedimento, o hospital foi alvo de atos de grupos religiosos, contrários ao aborto. Também houve manifestações de grupos de mulheres que defendiam o procedimento.

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