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Governo Doria quer vacinar crianças de 5 a 11 anos dentro de escolas

Segundo o secretário de Educação, as instituições vão pedir carteira de vacinação para as crianças.

O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, quer vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 dentro das escolas públicas em parceria com os municípios, mediante autorização dos pais. Ao Estadão, Soares afirmou que pretende incentivar também a vacinação das crianças dentro das instituições de ensino particulares.

Entretanto, a decisão cabe às secretarias municipais de saúde, responsáveis pelo esquema de vacina da população. Alguns municípios paulistas, a exemplo da capital e Campinas, já aplicaram o imunizante nas escolas para o público adolescente, de 12 a 18 anos.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta terça-feira, 4, Rossieli disse que a escola tem um papel fundamental de conscientização e que "vacinar dentro da escola é um grande exemplo".

"Nós reorganizamos o nosso início do calendário letivo para que os primeiros dias sejam de trabalho da escola, trabalhando com os próprios alunos a importância da vacinação e trabalhando com as famílias", disse Rossieli.

Para o presidente da Associação Brasileiras das Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho, o incentivo do governo estadual para a realização da vacinação das crianças dentro da rede particular é muito bem-vindo. "Somos favoráveis que as escolas privadas realizem a vacinação das crianças. É conveniente que todas as crianças se vacinem", afirmou Filho.

Segundo o Rossieli, as escolas estaduais de São Paulo passarão a pedir a carteira de vacinação contra a covid após o início da campanha para crianças de 5 a 11 anos, mas não vão proibir o acesso às aulas de quem não apresentar o documento.“A carteira de vacinação já é exigida na matrícula. Vamos solicitar, sim, no momento devido. Mas não vamos proibir o aluno de ir à escola”, afirmou.

Na manhã desta terça-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os pais poderão levar seus filhos para se vacinarem contra a covid-19 "se assim desejarem". A pasta realiza uma audiência pública sobre o tema e prevê divulgar o formato da campanha de imunização para esse público nesta quarta-feira, 5. Queiroga disse ainda que a "vacinação não tem relação com aula".

"Nós teremos as doses, como todos já sabem e os pais podem, livremente, dentro do que o Ministério da Saúde estabelece e que eu espero que seja seguido por Estados e municípios, levarem seus filhos para vacinação se assim desejarem", disse Queiroga.

As escolas estaduais paulistas abrem hoje um período de recuperação que vai atender alunos até 21 de janeiro. O início do ano letivo está marcado para 02 de fevereiro e, de acordo com o secretário, não será condicionado à vacinação para não prejudicar os alunos. Nas particulares as aulas já devem começar desde 31 de janeiro.

O Brasil deve receber 3,7 milhões de vacinas infantis da Pfizer contra a covid-19 no mês de janeiro. Até o fim do primeiro trimestre, 20 milhões de doses chegarão ao País, no total, de acordo com fontes do governo ouvidas pelo Estadão.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil tem 20,5 milhões crianças entre 5 e 11 anos, ou seja, haveria como aplicar a primeira dose em toda essa faixa etária até março. Já a quantidade a ser recebida em janeiro seria suficiente para imunizar, por exemplo, todas as crianças de 11 anos (2,8 milhões, segundo o instituto).

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