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PF e Ibama fazem operação contra balsas de garimpo na Amazônia

Ação iniciada nesta quarta-feira, 12 ocorre no Rio Madeira, em área próxima de Porto Velho, em Rondônia.

Agentes da Polícia Federal e do Ibama realizam nesta quarta-feira, 12, uma operação conjunta de combate ao garimpo ilegal na Amazônia. As ações, segundo informações da PF, estão concentradas na região do Rio Madeira próxima a Porto Velho, em Rondônia. É provável, no entanto, que deva ser expandida rio abaixo, no sentido do Estado do Amazonas.

O Ibama e a PF confirmaram a operação, mas ainda não fizeram um balanço do que foi executado. Nos últimos dias, filas de balsas de garimpeiros voltaram a se formar ao longo da calha do Rio Madeira, historicamente marcado pela exploração ilegal de ouro. Em julho, filas de embarcações também foram identificadas, da mesma forma que o levante realizado pelos garimpeiros em novembro do ano passado.

Os garimpeiros costumam se aglomerar em filas para facilitar o deslocamento na água do rio. Normalmente, eles seguem para uma mesma região ao chegar a informação de que, em determinada área, alguém teria encontrado maior quantidade de ouro.

Em novembro do ano passado, durante a operação da PF e Ibama, muitas balsas foram abandonadas pelos garimpeiros nas beiras do Madeira. Houve situação em que os próprios garimpeiros trataram de afundar suas balsas nas margens, para que não fossem queimadas ou encontradas pelos agentes.

Durante as ações policiais, os equipamentos costumam ser destruídos, uma ação que é constantemente criticada pelo presidente Jair Bolsonaro. O ato de queimar os equipamentos, no entanto, tem previsão legal e é regulamentado. Dessa forma, os agentes destroem as máquinas e evitam que estas voltem a ser utilizadas, de alguma maneira. O prejuízo financeiro causado aos donos dos equipamentos também é mais um reflexo desse tipo de medida, o que acaba retardando os planos dos empresários do garimpo de retomarem as operações.

A queima da estrutura é feita com o próprio combustível encontrado nas estruturas, que normalmente carregam grandes tanques de plástico com centenas de litros de gasolina. Em cerca de cinco minutos, o fogo se alastra e coloca tudo abaixo. Com o calor extremo, os equipamentos de ferro costumam dilatar, comprometendo uma nova utilização. Com o afundamento no leito do rio, torna-se item irrecuperável.

O recolhimento desse material também não costuma ser feito pelos agentes, dadas as difíceis situações logísticas nas quais são encontrados. O transporte do equipamento, além de ser complexo, também pode colocar os próprios agentes em novas situações de risco.

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