Mikaela Ramos
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontou, por meio da pesquisa realizada em 2021 e publicado na semana passada, que mais de 80% dos jornalistas brasileiros são de esquerda. O estudo mostrou que 52,8% dos entrevistados se declararam de esquerda, enquanto 29% disseram ser de centro-esquerda.
Conforme a estatística, apenas 4% dos profissionais de imprensa informaram ter posicionamento mais à direita, sendo 1,4% de direita e 2,5% de centro-direita. Até mesmo os que se identificam como extrema esquerda, que equivale a 2%, superam os que se dizem de direita. Apenas 0,1% classificam-se como de extrema direita.
A pesquisa foi realizada por meio da Internet, entre os dias 16 de agosto e 1 de outubro de 2021. O levantamento conseguiu 6,6 mil respostas e teve inclusive, o apoio de organizações de imprensa, como Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).
Filiações de jornalistas em partidos políticos
Pouco mais de 10% comunicaram ser filiados a algum partido político, com uma tendência à participação em legendas de esquerda. O PT aparece no topo, com 4,1% dos ouvidos; seguido por Psol, com 1,8%, e PCdoB, com 0,8%.
Ainda conforme a pesquisa feita pela UFSC, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 16 milhões de pessoas filiadas a partidos em 2021, o que correspondia a 7,4% dos brasileiros. Ou seja, o índice de filiação entre os jornalistas de 10,3% supera o da população.
Quanto a perguntas sobre ética no exercício da profissão, tais questionamentos foram respondidas por 1,4 mil jornalistas. Para 86% deles, credibilidade é extremamente importante, e 12,8% consideram muito importante; 71% disseram que diversidade é extremamente importante e 24,8%, muito importante. Equilíbrio é tido como um valor de importância para 94,6% dos profissionais.
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