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Mulher que levou tio morto a banco tem problemas psiquiátricos, diz família

Família defendeu a mulher, afirmando que antes de ela sair de casa para ir à agência o tio estava vivo.

A família de Erika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, presa em flagrante por suspeita de furto e vilipêndio do cadáver de seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, alegou que ela tem problemas psiquiátricos. Os parentes da acusada concederam entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, nesse domingo (21), e defenderam a mulher, afirmando que antes de ela sair de casa para ir à agência bancária, por volta do meio-dia, Paulo Roberto ainda estava vivo.

Segundo as investigações, Erika levou o idoso a uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil depois que ele já estava morto. O caso ocorreu no dia 16 de abril, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Erika disse que era sobrinha da vítima, mas a polícia apurou que ela é apenas uma prima distante.

Um dos seis filhos de Erika, Lucas Nunes dos Santos, relatou que a mãe tem histórico de tentativas de suicídio. A família da acusada apresentou à reportagem relatórios médicos com pedidos de internação psiquiátrica, em 2022 e 2023. Segundo os documentos, a mulher era dependente de sedativos e tinha surtos de alucinação.

“Minha mãe nunca roubou ou enganou ninguém, ela nos ensinou o caminho correto”, disse Lucas. “Eu gostaria que as pessoas fossem mais sensíveis com a situação que estamos vivendo. Estamos enfrentando a perda do nosso tio e esse grande mal-entendido com a nossa mãe”, disse Lucas.

Ana Carla de Souza Correa, advogada de Erika, declarou que sua cliente estava em negação com a possibilidade de o homem estar morto. O delegado Fábio Souza, à frente das investigações do caso, afirmou que Paulo saiu de casa vivo e também chegou ao shopping, em uma cadeira de rodas, ainda vivo.

Imagens de segurança do banco mostram quando Erika segura a cabeça do idoso na fila de espera. Ela chega a encostar a própria cabeça na cabeça dele. Segundo os vídeos, ela aparenta falar com ele em dado momento. Erika morava numa casa com o parente, em Bangu, havia 15 anos. Ele não tinha mulher nem filhos. O sepultamento de Paulo ocorreu no sábado 20, no Cemitério de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

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