Patrizia Cavazzoni foi recontratada pela Pfizer como sua médica-chefe. Ela havia liderado a divisão de revisão de medicamentos da Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos durante o governo de Joe Biden, que funciona como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
A médica também chefiou o Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da agência de 2020 até janeiro deste ano. Na Pfizer, ela liderou ciências clínicas e operações de desenvolvimento, contribuindo para o avanço de projetos significativos, assim, a recontratação de Cavazzoni pela empresa exemplifica a prática da “porta giratória”, na qual funcionários transicionam entre a FDA e a indústria farmacêutica.

Sobre a recontratação, críticos dizem que isso pode gerar problemas na independência das agências reguladoras, levantando preocupações sobre conflitos de interesse. O grupo de defesa “progressista” Public Citizen criticou a contratação de Cavazzoni, sob alegação de que ela ilustra a continuidade da “porta giratória”, minando a credibilidade da FDA como órgão regulador de saúde pública.
Outros exemplos notáveis incluem Scott Gottlieb e Robert Califf, ex-comissários da FDA que migraram para o setor privado. Gottlieb ingressou no conselho de diretores da Pfizer, enquanto Califf atuou como conselheiro para o Google Health e sua subsidiária, Verily Life Sciences.
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