Fechar
GP1

Economia e Negócios

Câmara dos Deputados derruba veto à desoneração da folha salarial

A derrubada do veto ainda depende de uma votação no Senado, marcada para as 16 horas desta quarta-feira, 4.

A Câmara dos Deputados votou para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro à desoneração da folha salarial em 2021. Foram 430 votos favoráveis à proposta que garante o benefício para 17 setores da economia por mais um ano, 33 contrários e 1 abstenção. A derrubada do veto ainda depende de uma votação no Senado, marcada para as 16 horas desta quarta-feira, 4. A "novela" da votação se arrastava desde julho, quando Bolsonaro vetou o projeto aprovado pelos parlamentares.

A análise do veto é apontada como essencial para os setores beneficiados concluírem a programação financeira para o próximo ano e manter postos de trabalho. A desoneração permite às empresas pagarem um imposto menor na contribuição previdenciária sobre a folha de salários, calculada de acordo com a remuneração dos empregados. Companhias avaliam que, sem a prorrogação do benefício para o próximo ano, haveria demissões.

O Ministério da Economia se manifestou contra a desoneração, calculando um impacto de R$ 10 bilhões nos cofres públicos em 2021, por não haver uma fonte de recursos para compensar a perda na arrecadação. O ministro Paulo Guedes defendeu uma proposta mais ampla, beneficiando todos os setores da economia, por meio da reforma tributária, mas para isso haveria a criação de um novo imposto, nos moldes da extinta CPMF. A ideia enfrenta resistências do Congresso.

A desoneração beneficia setores que estão entre os que mais empregam no País, entre eles call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil. A medida permite que empresas optem por contribuir para a Previdência Social com um porcentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de recolher 20% sobre a folha de pagamento.

O único partido na Câmara que orientou a favor do veto foi o Novo. "Legalmente, o governo está abrindo mão de receita sem apontar fonte segura. Mas, no entendimento do Congresso, a correção é melhor nesse momento do que, em véspera de final de ano, colocar 6 milhões de pessoas com possibilidade de desemprego", disse o líder do governo, Eduardo Gomes (MDB-TO).

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Congresso cancela sessão que analisaria veto à desoneração da folha

Davi Alcolumbre mantém sessão para votar desoneração da folha salarial

Relator da reforma tributária deixa desoneração da folha fora do parecer

Equipe de Jair Bolsonaro quer desoneração da folha de pagamento

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.