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Economia e Negócios

'Privatização dos Correios vai prosperar', diz Jair Bolsonaro

O governo já decidiu que deverá fazer a venda dos Correios, assim que o Congresso aprovar o projeto.

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu a aprovação do Congresso da proposta que abre caminho para a privatização dos Correios, estatal que tem o monopólio dos serviços postais no País. "Se Deus quiser, elas prosperarão (as privatizações) e o Brasil cada vez mais se tornará um país menos inchado", disse em discurso na cerimônia de sanção da lei de capitalização da Eletrobrás.

O governo já decidiu que deverá fazer a venda de 100% dos Correios, assim que o Congresso aprovar o projeto de lei. Junto da privatização, a empresa que arrematar o estatal assinará um contrato de concessão para manter os serviços postais - de correspondência - que serão regulados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Como mostrou o Estadão, o relator do projeto de lei que permite a venda dos estatal estabeleceu no parecer que será votado uma estabilidade de um ano e meio para os funcionários empregados pela estatal a partir do momento da privatização. Relatada pelo deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), a proposta tem previsão de ser votada entre julho e agosto pela Câmara, de acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL).

Os Correios contam com cerca de 100 mil empregados. No relatório, Cutrim também define normas para um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para esses funcionários, como período de adesão de 180 dias contados da venda, indenização correspondente a doze meses de remuneração, e programa de requalificação.

O parecer ainda não foi divulgado oficialmente e, portanto, ainda pode sofrer mudanças antes de ser protocolado, mas Cutrim já circulou com colegas a versão atual, à qual o Estadão teve acesso. Segundo apurou a reportagem, o relatório foi bem recebido pela equipe econômica, com quem o deputado discutiu previamente a regra da estabilidade, algo que Cutrim fazia questão que entrasse no projeto.

Conversão a Guedes

Bolsonaro admitiu que fez votos equivocados em projetos relativos à economia durante o período no qual exerceu mandato de deputado federal. "Fui, ao longo do tempo, aprendendo a votar nas questões econômicas. Paulo Guedes, você não se aproximaria de mim", brincou.

Bolsonaro também comparou, em tom jocoso, o secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, ao personagem de desenho animado Tio Patinhas, por adotar critérios rigorosos para liberação de recursos e defender a política de austeridade. "Paulo Guedes não dá nada. O Tostes é um verdadeiro Tio Patinhas. Não consegue tirar nada dele", brincou.

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