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Economia e Negócios

Rússia proíbe exportações de gasolina a partir de março

Medida visa manter a estabilidade dos preços domésticos em meio ao aumento da demanda dos consumidores.

A Rússia, segundo maior exportador de petróleo do mundo, proibiu as exportações de gasolina por seis meses a partir de 1º de março. A medida visa manter a estabilidade dos preços domésticos em meio ao aumento da demanda dos consumidores e agricultores, além de permitir a manutenção de refinarias. A proibição foi confirmada por uma porta-voz do vice-primeiro-ministro Alexander Novak, homem de confiança do presidente Vladimir Putin para o setor de energia.

A proibição foi inicialmente noticiada pela RBC, afirmando que o primeiro-ministro Mikhail Mishustin aprovou a medida após proposta de Novak. Em uma carta datada de 21 de fevereiro, Novak argumentou que, para compensar a demanda excessiva por produtos petrolíferos, era necessário tomar medidas para estabilizar os preços no mercado interno.

Os preços domésticos da gasolina são um fator sensível para motoristas e fazendeiros na Rússia, o maior exportador de trigo do mundo. A situação é ainda mais delicada diante da eleição presidencial de 15 a 17 de março e dos recentes ataques de drones ucranianos a algumas refinarias russas.

A Rússia e a Ucrânia têm atacado a infraestrutura de energia uma da outra em uma tentativa de interromper linhas de suprimento e logística, buscando vantagem em um conflito de quase dois anos que não mostra sinais de acabar. Em 2023, a Rússia produziu 43,9 milhões de toneladas de gasolina e exportou cerca de 5,76 milhões de toneladas, ou cerca de 13% de sua produção. Os maiores importadores de gasolina russa são principalmente países africanos, como Nigéria, Líbia e Tunísia, e também os Emirados Árabes Unidos.

No mês passado, a Rússia reduziu as exportações de gasolina para países não pertencentes à Comunidade de Estados Independentes para compensar reparos não planejados em refinarias em meio a incêndios e ataques de drones em sua infraestrutura de energia. As interrupções incluíram a paralisação de uma unidade na NORSI, a quarta maior refinaria do país, localizada perto da cidade de Nizhny Novgorod, cerca de 430 km a leste de Moscou, após o que se acredita ser um incidente técnico. No ano passado, a Rússia já havia proibido as exportações de gasolina entre setembro e novembro para combater os altos preços internos e a escassez. Desta vez, a proibição não se estenderá aos países membros da União Econômica Eurasiática: Mongólia, Uzbequistão e duas regiões separatistas da Geórgia apoiadas pela Rússia — Ossétia do Sul e Abkhazia.

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