Davi Fernandes
A prévia da inflação oficial do país registrou alta de 0,43% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE. O resultado do IPCA-15 mostra uma desaceleração em relação a março, quando ficou em 0,64%. No acumulado de 12 meses, o índice soma 5,49%, acima da meta de inflação do governo, que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual. Em abril de 2023, a variação tinha sido de 0,21%.
Dos nove grupos pesquisados, oito apresentaram alta. O principal impacto veio do grupo alimentação e bebidas, com aumento de 1,14% e contribuição de 0,25 ponto percentual ao índice. Em seguida, saúde e cuidados pessoais subiu 0,96%, com peso de 0,13 ponto percentual. Juntos, os dois grupos foram responsáveis por 88% da prévia da inflação de abril.
Na alimentação, os preços subiram tanto dentro quanto fora de casa. A alimentação no domicílio teve alta de 1,29%, puxada por tomate (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%). Fora de casa, o lanche (1,23%) e a refeição (0,50%) também contribuíram para o avanço de 0,77%. O grupo saúde foi impactado pelo reajuste autorizado de até 5,09% nos medicamentos, além da alta nos itens de higiene pessoal (1,51%) e nos planos de saúde (0,57%).
Por outro lado, o grupo transportes teve deflação de 0,44%, representando o maior impacto negativo do mês, com -0,09 ponto percentual. A queda foi influenciada principalmente pela redução de 14,38% nas passagens aéreas. Os combustíveis também caíram em média 0,38%, com recuos no etanol (-0,95%), gás veicular (-0,71%), diesel (-0,64%) e gasolina (-0,29%).
O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA, mas com diferenças no período de coleta, que foi de 18 de março a 14 de abril, e na cobertura geográfica, abrangendo 11 regiões. O índice oficial do mês completo, o IPCA cheio de abril, será divulgado em 9 de maio pelo IBGE. Ambos consideram famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
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