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Eleições 2022

“O distritão é um retrocesso", afirma senador Marcelo Castro

O distritão é o sistema onde são eleitos os mais votados sem levar em conta os votos dados aos partidos.

O senador Marcelo Castro, presidente estadual do MDB, criticou nesta segunda-feira (19), o atual sistema eleitoral brasileiro e a proposta do “distritão”, no qual são eleitos os mais votados sem levar em conta os votos dados aos partidos, como acontece no atual sistema proporcional, para as eleições de 2022.

Segundo o senador, em mais de duas décadas atuando no Congresso Nacional, todas as reformas foram propostas no sentido de melhorar o sistema eleitoral. “Eu estou no Congresso Nacional há 23 anos, em todas as legislaturas nós tentamos fazer reforma eleitoral, nunca conseguimos fazer uma reforma completa, mas avançamos. Nós fizemos várias reformas, todas no sentindo de melhorar o sistema eleitoral do Brasil, proibindo showmícios, campanhas riquíssimas, as coligações partidárias, todas as mudanças que fizemos foram no sentindo de aperfeiçoar o nosso sistema eleitoral”, reforçou Marcelo Castro.

Foto: Germana Chaves/GP1Marcelo Castro
Marcelo Castro

Marcelo Castro criticou ainda a proposta do “distritão” afirmando que é um retrocesso. “O distritão é um salto para trás, um retrocesso. O sistema mais simples que pode existir no mundo é o distritão porque você não precisa ter partido, não precisa fazer cálculo para saber quem foi eleito quem não foi eleito. Por exemplo, Piauí tem 10 vagas de deputado federal e 30 vagas de deputado estadual, se candidatam 100 pessoas a deputado estadual e 100 a deputado federal, quem são os eleitos? Os mais votados e os suplentes vão em sequência. É um sistema simples demais e porque isso não existe em canto nenhum? Porque não presta”, disparou o senador

“Nós temos um sistema eleitoral que eu entendo que deve ser um dos piores do mundo. Nós temos vários problemas no nosso sistema e o distritão acentua todos os problemas, porque em vez de melhorar nós vamos provocar um tremendo retrocesso e uma piora no nosso sistema eleitoral”, completou o emedebista.

Entre os problemas causados pelo "distritão", o senador Marcelo Castro elencou: “estímulo ao personalismo às candidaturas daqueles que têm o maior poder econômico. Vai acabar com o país, com a governabilidade”.

“Hoje nós temos a hiperfragmentação partidária, temos 26 partidos representados no Congresso Nacional e isso não existe e nunca existiu em país nenhum no mundo, isso é uma aberração. Quando eu fui relator da reforma política eu fiz um levantamento de todos os parlamentos no mundo, normalmente no máximo 4 partidos detêm 80%, 90% dos votos dos parlamentos, eles mandam no parlamento e no Brasil não, o partido mais forte do Brasil só tem 10% dos votos de parlamento, o que é insignificante, então há uma hiperfragmentação”, afirmou Marcelo Castro.

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