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Eleições 2022

Alexandre de Moraes censura reportagem do 'O Antagonista' sobre apoio de Marcola a Lula

A matéria reproduz áudios obtidos, no âmbito da operação Anjos da Guarda, com autorização judicial.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na manhã deste domingo (02), que o site ‘O Antagonista’ retire do ar a reportagem intitulada “Exclusivo: em interceptação da PF, Marcola declara voto em Lula”, cujo conteúdo reproduz diálogos em que o líder do PCC declara preferir a vitória do petista nestas eleições.

A matéria reproduz áudios obtidos pela Polícia Federal, no âmbito da operação Anjos da Guarda, com autorização judicial. Contudo, para o ministro trata-se de “divulgação de fato conteúdo sabidamente inverídico”.

Foto: ReproduçãoMarcola e Lula
Marcola e Lula

Sem conceder direito à defesa, o ministro Alexandre de Moraes acatou os argumentos dos advogados da campanha de Lula, segundo os quais “na condição de condenado por decisão transitada em julgado, Marcola está com seus direitos políticos suspensos (artigo 15 da Constituição Federal) e, enquanto persistir essa situação jurídica, está impedido de votar”.

Ainda de acordo coo ministro há “grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do pré-candidato a organização criminosa, indicando suposto apoio explícito do PCC à sua campanha”.

'O Antagonista' cumpriu a decisão, mas afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O site repudiou a decisão

O site o ‘Antagonista’ repudiou a decisão do ministro Alexandre de Moraes e reafirmou a veracidade das informações publicadas, baseadas integralmente nos autos de inquérito que tramita na Justiça Federal.

Ainda de acordo com o site, a declaração de preferência pela vitória de determinado candidato, como está nítido nas transcrições e áudios reproduzidos, não se confunde com o alegado direito ao exercício do voto — suspenso a condenados.

Em 2019, Moraes também censurou a reportagem “O amigo do amigo do meu pai”, baseada em documentos encaminhados à Operação Lava Jato pelo delator Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo empresarial.

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