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Globo pode faturar até R$ 1,5 bilhão com patrocínios no futebol

Cota de anúncio custará R$ 226,7 milhões; Itaú, Amazon, Stelantis e Vivo confirmaram presença na lista.

Em meio às preparações para a transmissão da Copa do Mundo do Catar, no mês que vem, a Rede Globo já está organizando sua estratégia em campo para a temporada 2023 do futebol. A emissora definiu a tabela de preços para o próximo ano, e as marcas que quiserem anunciar durante a exibição de jogos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro terão de desembolsar até R$ 226,7 milhões pelas inserções publicitárias, conforme apurou o Estadão.

Em 2022, a participação das marcas na temporada de futebol na emissora era comercializada por R$ 218 milhões, o que representa um reajuste de aproximadamente 4% de um ano para outro pelas inserções. As informações fazem parte do plano de mídia da empresa que foi enviado às agências de publicidade, ao qual a reportagem teve acesso.

Para o próximo ano, marcas como Itaú, Amazon, Stellantis (dona de montadoras como Fiat, Peugeot e Jeep) e Vivo já garantiram espaço na tela durante as partidas de futebol.

Apesar do aumento porcentual menor do que o visto em outros produtos, como no caso do Big Brother Brasil, cujas cotas estão até 32% mais caras, a Globo ainda terá outras opções de negócio para as empresas que queiram investir nos anúncios de futebol em 2023.

Isso porque a empresa será responsável também pela exibição dos jogos da Libertadores no Brasil. Desde 2020, os direitos de transmissão pertenciam à rival SBT, mas agora a emissora líder no País voltou a ganhar a negociação com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

Quem quiser anunciar apenas durante as partidas do campeonato latino-americano terá de desembolsar, segundo a tabela enviada às agências, cerca de R$ 70 milhões.

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Para fontes do mercado publicitário, os preços da Globo para a participação no futebol valem o investimento pelo retorno e pela possibilidade de negociar descontos maiores em outras participações na grade da emissora. “Tem prós e contras. Você fica amarrado com futebol que tem um valor alto, mas tem mais descontos nos outros produtos”, conta um executivo do setor.

‘Dança dos patrocinadores’

A General Motors que, atualmente está na lista de patrocinadores, acabou ficando de fora da lista e não renovou sua participação no futebol da Globo, abrindo espaço para a concorrente Stellantis. A saída da GM do futebol da Globo ocorre ao mesmo tempo que a Fiat não renovou sua participação como patrocinadora do BBB 23, depois de 20 anos na atração – sendo substituída pela GM dentro da casa mais vigiada do Brasil. Questionada sobre a decisão de deixar o futebol e investir no reality show, a GM informou, em nota, que está avaliando seu plano de mídia para 2023.

Nos casos da cervejaria Petrópolis e do site de apostas SportingBet, ainda segundo relatos, ambas as empresas não demonstraram interesse em renovar o negócio.

A emissora ainda pretende fechar mais três marcas para a temporada, para atingir o mesmo número de anunciantes da temporada anterior. Se fechar a lista de marcas a emissora vai faturar cerca de R$ 1,5 bilhão com os anúncios no futebol em 2023.

Foco no futebol

Conforme divulgado em seu evento sobre os negócios da casa, o Upfront, a Globo deve investir mais na veiculação de futebol, com um olho especial para as competições de futebol feminino, que ganham espaço na grade da emissora.

Em 2023, entre os destaques nas ofertas da Globo no feminino estão as transmissões da Copa do Mundo, da Super Copa e do Brasileirão na TV Globo e no Sportv. No masculino, entram competições como Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores da América.

A especialista em marcas Cecília Russo, da Troiano Branding, avalia que o engajamento do público em relação às marcas ligadas ao futebol no próximo ano vai depender do desempenho da seleção brasileira durante o mundial no Catar. “Acho que (o interesse do público) pode tanto subir ou descer, meio como a Bolsa de Valores. Se o Brasil vencer, cria-se essa energia a favor do futebol, um outro envolvimento. Se perder, o efeito é contrário”, afirma.

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