Fechar
GP1

Esportes

Presidente da Fifa defende Copa do Mundo no Catar após críticas

Gianni Infantino concedeu entrevista neste sábado (19), a um dia antes do início da Copa de 2022.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, concedeu coletiva de imprensa neste sábado (19), em Doha, capital do Catar, e defendeu a escolha do país como sede para a realização do Mundial. O presidente da Fifa realizou um monólogo com cerca de 50 minutos, onde abordou principalmente a questão em torno das leis trabalhistas que vêm tomando conta das mídias no mundo inteiro.

Sobre as polêmicas em torno das leis trabalhistas, Gianni Infantino defendeu o país e disse que a nação do Oriente Médio demonstrou avanços desde a sua escolha para a realização do evento e ainda afirmou que as críticas são “profundamente injustas”.

Foto: Reprodução/FacebookGianni Infantino
Gianni Infantino

Além de defender o Qatar, o presidente da Fifa ainda apontou a Europa como culpada pelas grandes mazelas do mundo, principalmente pelos muitos anos de colonização de países na América do Sul, África e Ásia.

"O que é triste é que, especialmente nas últimas semanas, a gente tem visto em alguns lugares muitas lições de moral, ou de moral dúbia... Falando dos trabalhadores imigrantes, nós temos ouvido muitas lições dos europeus e do mundo ocidental. Eu sou europeu, e acho que, pelos que os europeus fizeram nos últimos 3000 anos, nós devíamos pedir desculpas pelos próximos 3000 anos antes de dar lições de moral nas pessoas", afirmou.

Além disso, o presidente da Fifa, disse que muitas empresas europeias ganham bilhões de dinheiro dentro do Qatar e que nenhuma delas se importam com as leis trabalhistas, pois significaria uma diminuição de lucro.

"Eu vim para cá há seis anos e falei sobre a questão dos trabalhadores imigrantes na minha primeira reunião, com o Governo do Qatar. Mas quantas companhias europeias e do mundo ocidental ganham bilhões no Qatar? Quantas delas falaram das questões dos imigrantes com as autoridades. Eu tenho a resposta: nenhuma! Porque, para as companhias, mudanças de legislação trabalhistas significam menos lucros", apontou.

De acordo com o dirigente, as mudanças no Qatar não irão acontecer instantaneamente, mas que ainda terá que passar por um processo de pelo menos 10 anos até que as coisas estejam mais favoráveis para todos os trabalhadores imigrantes no país.

"Sei que muitas coisas não são perfeitas. Mudanças e reformas levam tempo. Levou centenas de anos nos países da Europa, onde achamos que estamos no topo. Leva tempo em qualquer lugar. E a única maneira de ter resultados é enfrentando as situações e dialogando, e não martelando e insultando", argumentou.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.