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José Aldo encerra ciclo no UFC e anuncia aposentadoria do MMA

Brasileiro se consolidou como um dos maiores e foi duas vezes campeão da categoria peso-pena.

José Aldo, um dos maiores lutadores de MMA da história, ex-campeão do UFC e ídolo brasileiro, anunciou aposentadoria do esporte neste domingo, 18 de setembro. De acordo com informações do Combate, ele chegou a um acordo com a organização para encerrar seu contrato. A última vez que o atleta pisou no octógono foi no UFC 278, nos Estados Unidos, onde perdeu para o georgiano Merab Dvalishvili por pontos no peso-galo, em uma luta equilibrada.

Apesar de não lutar pelo cinturão dos penas, sua categoria de maior sucesso, desde 2020, quando foi derrotado pelo russo Petr Yan, o anúncio de Aldo surpreendeu a comunidade das artes marciais mistas, que reagiu nas redes sociais. Alguns fãs esperavam uma luta contra Dominick Cruz, antigo campeão dos galos e lenda da divisão, enquanto outros apostavam em uma ida para outros torneios quando ele encerrasse sua carreira no Ultimate, como o Bellator e o asiático ONE, ou mesmo na continuidade na organização.

Aos 36 anos, Aldo venceu 31 lutas e perdeu apenas oito, ostentando o título de peso-pena por muitos anos. Curiosamente, o local de sua última luta, contra Dvalishvili, foi no mesmo lugar onde Michael Jordan fez sua partida derradeira de basquete: Vivint Arena, em Utah, nos EUA.

A decisão passou muito pela vida pessoal do lutador, que espera o segundo filho com sua esposa Viviane. E mesmo com todas as especulações, ele já indicava a aposentadoria ao final de seu contrato com o UFC.

Nomeado “Campeão do Povo”, Aldo entrou no UFC já como campeão dos penas, mérito conquistado no antigo World Extreme Cagefighting (WEC), comandado pela mesma produtora do Ultimate e fundido com a organização em 2010. O brasileiro defendeu o cinturão até 2015 e ficou invicto, contando todas as competições, por dez anos, superando 17 adversários no caminho.

A perda do cinturão e da sequência sem derrotas foi na luta contra Conor McGregor, em 2015. Desde então, revezou entre bons e maus momentos. Recuperou o posto de campeão depois de vencer Frankie Edgar, combinado com a decisão de McGregor de subir para o peso-leve, e em 2017, foi desafiado pelo título por Max Holloway, quando acabou sendo derrotado.

Em 2019, o brasileiro encarou um novo desafio e desceu uma divisão até o peso-galo. Na estreia, foi superado pelo compatriota Marlon Moraes, mas ganhou a chance de disputar o cinturão da categoria contra Yan, já que o antigo detentor do título, Henry Cejudo, se aposentou e deixou vago o cinturão. No combate, Aldo perdeu por nocaute no quinto round no que foi sua última tentativa de retornar ao topo. Após isso, encaixou uma sequência de três vitórias consecutivas, até perder para Dvalishvili e encerrar a carreira.

O anúncio gerou repercussão nas redes e manifestações de atletas e da mídia. Terrance McKinney, talento dos pesos-pena e dono do nocaute mais rápido da história da divisão no UFC, desejou uma boa aposentadoria ao brasileiro e disse que ele foi um de seus lutadores favoritos.

Dudu Dantas, parceiro de treinos de Aldo, “antecipou” sua reação à aposentadoria em 14 de setembro, quando Dedé Pederneiras, técnico do companheiro, o aconselhou a parar de lutar. “(Ele) estava a um passo do título. Isso é inacreditável, espero que ele recupere a paixão pelos treinos e pela competição e tente buscar o título mais uma vez”, comentou o lutador.

Na mídia internacional, Shaheen Al-Shatti, do MMA Fighting, exaltou a carreira de Aldo não somente em sua divisão, como também dentre todos os atletas do esporte. “O melhor peso-pena e um dos maiores lutadores de todos os tempos. Campeão do mundo por 2215 dias consecutivos em seu auge. A palavra “lenda” não é suficiente para descrever a carreira de José Aldo”, disse.

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