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Israel prorroga emergência e quer apoio para destruir instalações nucleares do Irã

Decisão foi tomada pelo gabinete de Benjamin Netanyahu na madrugada de sexta-feira (13).

Israel decidiu estender o estado de emergência em todo o país até o fim de junho, depois de intensificar o conflito com o Irã nos últimas dias. A decisão foi tomada pelo gabinete de Benjamin Netanyahu na madrugada de sexta-feira (13), depois de uma sequência de bombardeios em território iraniano e de uma contraofensiva de Teerã. Na mesma semana, um míssil iraniano atingiu um edifício residencial na cidade de Bat Yam, próxima a Tel Aviv, matando seis pessoas, sendo duas crianças.

Neste domingo (15), o primeiro-ministro de Israel visitou o local junto ao ministro da Defesa, Israel Katz, e outras autoridades. Durante a inspeção, ele disse que o Irã “pagará um alto preço por matar civis, mulheres e crianças intencionalmente” e reforçou que o país quer atingir o seu objetivo “de uma só vez”. Ele também lamentou as mortes e enfatizou a importância de atender às instruções de segurança para minimizar o número de vítimas, ao dizer que “quem ficou em um lugar protegido se salvou, enquanto quem não o fez ficou ferido.”

Foto: Reprodução/XIrã lança uma onda de misseis contra Israel
Irã lança uma onda de misseis contra Israel

Ainda neste domingo, o presidente de Israel, Isaac Herzog, visitou a mesma região atingida pelo míssil e defendeu a nova ofensiva como uma forma de “mudar a realidade no Oriente Medio”. Ele acusou o Irã de dar apoio a grupos que ameaçam Israel e de avançar em seu próprio programa nuclear. “Isso representa uma ameaça real à humanidade. Por isso embarcamos nessa guerra de salvação”, disse o presidente, reforçando o posicionamento de que o conflito seria uma forma de conter o que ele considera uma “dupla ameaça de aniquilação.”

De acordo com o portal Axios, o gabinete de Netanyahu quer o envolvimento direto dos Estados Unidos para apoiar a destruição de instalações nucleares subterrâneas, como a usina de Fordow. A avaliação é de que Israel não possui bombas antibunker nem aeronaves de grande alcance para atingir determinados alvos. Na mesma fala, o primeiro-ministro fez um alerta: “O que aconteceria se o Irã tivesse não um, mas 20 mil mísseis nucleares? É uma ameaça existencial para Israel.” Ele acrescentou que o exército e a força aérea já estão tentando conter o avanço de Teerã.

A ofensiva de Israel causou pelo menos 180 mortes, segundo a imprensa iraniana, e incluiu ataques a instalações nucleares, refinarias de petróleo, bases militares e até a uma fábrica de eletrônicos na cidade de Shiraz. A Guarda Revolucionária Iraniana, que controla parte das tropas do país, confirmou a morte de quatro de seus membros no ataque de domingo (15) na província de Coração do Sul. Outros bombardeios também atingiram alvos civis e de segurança em Teerã e Isfahan, aumentando a violência na região.

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