Mais de 16 bilhões de credenciais de acesso — incluindo logins e senhas de plataformas como Apple, Google, Facebook, Telegram e até órgãos governamentais — foram comprometidas em um megavazamento de dados considerado o maior da história. A denúncia foi feita por pesquisadores do portal especializado Cybernews, que alertaram para os riscos catastróficos do caso. Segundo os especialistas, as informações foram compiladas a partir de 30 bases de dados diferentes e organizadas de forma que facilita ataques cibernéticos em larga escala.
Boa parte dos dados nunca havia sido detectada em vazamentos anteriores, o que indica que se tratam de informações recentes, coletadas por softwares espiões conhecidos como “infostealers”. Esses malwares capturam tudo o que a vítima digita — inclusive senhas bancárias — e enviam os dados a criminosos. O conteúdo já circula na dark web, com preços acessíveis, o que amplia o risco de ataques automatizados a contas pessoais, empresariais e governamentais.

“Isso não é apenas um vazamento – é um plano para exploração em massa”, alertaram os pesquisadores em nota. As credenciais foram expostas no formato URL, login e senha, estrutura que permite a atuação de grupos hackers com maior agilidade.
O ex-especialista da NSA e CEO da Desired Effect, Evan Dornbush, destacou à revista Forbes que, diante de uma falha dessa magnitude, nem mesmo senhas complexas oferecem segurança: “Se o banco de dados for comprometido, sua senha estará exposta.”
O Brasil também foi afetado. O caso remete ao vazamento global de 2021, quando 10 milhões de senhas de brasileiros vieram a público, incluindo dados do Congresso Nacional, do STF e da Petrobras.
Diante da nova ameaça, especialistas recomendam ações imediatas como:
- Troque imediatamente senhas reutilizadas
- Use senhas diferentes para cada conta
- Ative a autenticação em dois fatores (2FA)
- Utilize gerenciadores de senhas confiáveis
- Adote passkeys sempre que possível
- Fique atento a mensagens suspeitas (phishing)
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