Rauena Pinheiro
O brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, que foi encontrado morto na segunda-feira (09) em Israel, gravou um vídeo de dentro de um bunker onde estava abrigado pouco tempo antes de morrer. Ele, a namorada e um amigo estavam em uma rave que foi alvo de ataques do grupo extremista Hamas, próximo à Faixa de Gaza.
“No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel. Pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho”, disse Ranani na gravação.
Segundo o amigo de Ranani, Rafael Zimerman, o grupo tentou se esconder em um abrigo quando o ataque começou. No entanto, o lugar foi invadido e ao deixarem o local, ele e Rafaela não conseguiram mais localizar o brasileiro. O jovem era brasileiro, morava em Israel há sete anos e tinha cidadania israelense. Ele era natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e já prestara serviço militar no país.
O jovem trabalhava atualmente como entregador e morava em Tel Aviv, a capital de Israel, com amigos. Segundo a família, o pai de Ranani foi quem reconheceu o corpo do rapaz.
Brasileiras desaparecidas
Mais três brasileiras seguem desaparecidas no país israelense, os nomes delas não foram divulgados oficialmente pelo governo brasileiro, mas a identidade delas foi passada pela Embaixada de Israel no Brasil. Elas foram identificas como Bruna Valeanu, de 24 anos e Karla Stelzer, de 41 anos, ambas cariocas, e Celeste Fishbein, 18 anos.
Bruna, Karla e Ranani, que foi encontrado morto, participavam no festival de música eletrônica Universo Parallelo no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, que foi atacada no sábado (7). Já Celeste estava na casa do namorado em Gaza, e não é localizada desde as 11 horas (horário local) do último domingo (8/10).
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