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Teresina - Piauí

Após 300 demissões, motoristas e cobradores de ônibus protestam em Teresina

“Já foram demitidos mais de 300 trabalhadores e a grande maioria deles estão com os direitos depositados judicialmente. Muitos estão passando fome", declarou Fernando Feijão.

Lucas Dias/GP1 1 / 16 Manifestação na frente do Palácio da Cidade em Teresina Manifestação na frente do Palácio da Cidade em Teresina
Lucas Dias/GP1 2 / 16 Manifestação de cobradores e motoristas de ônibus acontece na frente da Prefeitura de Teresina Manifestação de cobradores e motoristas de ônibus acontece na frente da Prefeitura de Teresina
Lucas Dias/GP1 3 / 16 Cobradores e motoristas de ônibus lutam pelos direitos Cobradores e motoristas de ônibus lutam pelos direitos
Lucas Dias/GP1 4 / 16 Motoristas e cobradores fazem protesto na frente da Prefeitura de Teresina Motoristas e cobradores fazem protesto na frente da Prefeitura de Teresina
Lucas Dias/GP1 5 / 16 Protesto na frente da Prefeitura de Teresina Protesto na frente da Prefeitura de Teresina
Lucas Dias/GP1 6 / 16 Cobradores e motoristas de ônibus realizam manifestação em Teresina Cobradores e motoristas de ônibus realizam manifestação em Teresina
Lucas Dias/GP1 7 / 16 Motoristas e cobradores de ônibus durante manifestação Motoristas e cobradores de ônibus durante manifestação
Lucas Dias/GP1 8 / 16 Manifestante na frente da Prefeitura de Teresina Manifestante na frente da Prefeitura de Teresina
Lucas Dias/GP1 9 / 16 Motoristas e cobradores de ônibus se reúnem na frente da Prefeitura de Teresina Motoristas e cobradores de ônibus se reúnem na frente da Prefeitura de Teresina
Lucas Dias/GP1 10 / 16 Fernando Feijão Fernando Feijão
Lucas Dias/GP1 11 / 16 Motoristas e cobradores durante manifestação em Teresina Motoristas e cobradores durante manifestação em Teresina
Lucas Dias/GP1 12 / 16 Cobradores e motoristas reivindicam por seus direitos Cobradores e motoristas reivindicam por seus direitos
Lucas Dias/GP1 13 / 16 Manifestantes protestam por melhores condições de trabalho Manifestantes protestam por melhores condições de trabalho
Lucas Dias/GP1 14 / 16 A manifestação aconteceu na frente da Prefeitura Municipal de Teresina A manifestação aconteceu na frente da Prefeitura Municipal de Teresina
Lucas Dias/GP1 15 / 16 Motoristas e cobradores reivindicam por melhores condições de trabalho Motoristas e cobradores reivindicam por melhores condições de trabalho
Lucas Dias/GP1 16 / 16 Motoristas e cobradores utilizam cartazes durante protesto Motoristas e cobradores utilizam cartazes durante protesto

Motoristas e cobradores do sistema de transporte público de Teresina se reuniram, na manhã desta quarta-feira (03), em um ato de protesto em frente à Prefeitura Municipal para reivindicar direitos trabalhistas da categoria.

Os trabalhadores estão há 21 dias com suas atividades paralisadas desde que iniciaram um movimento grevista por conta da falta de acordo entre a categoria e o Setut. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (SINTETRO), Fernando Feijão, os funcionários reivindicam a proposta de empresários que visa retirar alguns direitos dos cobradores e motoristas, como suspensão do ticket alimentação e do plano de saúde durante a pandemia do novo coronavírus.

“Quando a categoria resolveu entrar em greve os motivos eram os atrasos e as demissões, agora se intensificou porque a proposta dos empresários é retirar os direitos dos trabalhadores, retirar o ticket e o plano de saúde. A situação hoje é complicada, a prefeitura não se pronuncia e viemos pedir ao prefeito que faça valer esses direitos, porque não vamos abrir mão deles. Todos os meses há um subsídio para o transporte público de Teresina e os empresários querem que aumentem esse subsidio, enquanto não aumenta os trabalhadores ficam sem receber, não paga ticket, nem plano de saúde”, disse Fernando Feijão ao GP1.

Demissões

Fernando Feijão afirmou ainda que mais de 300 trabalhadores da categoria já foram demitidos durante a pandemia. Ele afirma que estão realizando doações entre eles para distribuir cestas básicas aos demitidos, que se encontram sem recursos para alimentação.

“Já foram demitidos mais de 300 trabalhadores e a grande maioria deles estão com os direitos depositados judicialmente. Nós entramos com uma ação junto ao Ministério Público para garantir isso, mas muitos estão passando fome. Estamos nos ajudando dentro da própria categoria, juntamos 20 reais de cada um para fazer uma cesta básica a quem estiver precisando. Queremos a sensibilização do prefeito diante de tudo isso. Nós somos do grupo de risco também e não estamos sendo respeitados, não adianta nos mandar para casa sem nada”, concluiu o presidente do Sintetro.

O que diz o Setut

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) informou que houve uma convenção coletiva em janeiro de 2020, possibilidade de nova renegociação com os trabalhadores, dentro das possibilidades e das projeções econômicas para este ano.

Confira a nota na íntegra

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que o prazo da última convenção coletiva encerrou em janeiro de 2020 e, ao final deste período, não houve possibilidade de nova renegociação com os trabalhadores, dentro das possibilidades e das projeções econômicas para este ano.

Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o sistema passou a transportar apenas 5% da demanda, durante estes 50 dias, até o momento, resultando em um impacto negativo na arrecadação que não cobre sequer os custos básicos, como o óleo diesel. Após o início da greve (15/5/20), o sistema de transporte está totalmente parado há 20 dias.

Diante desta queda na arrecadação, o SETUT informou ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) que as empresas cumprirão o que rege à normativas concedidas pelo Governo para ajudar o setor patronal.

O SETUT reforça ainda que compreende o atual momento enfrentado pela classe laboral, mas não julga possível realizar acordos diante deste atual período de incertezas.

As projeções econômicas nacionais para o setor de transportes preveem queda próximo aos 50% na demanda. Portanto, as empresas reforçam que seguirão realizando o que está ao seu alcance e de acordo com a legislação vigente.

Paulatinamente, serão revistos periodicamente o cenário do setor e conforme os avanços ou decréscimos observados na economia será discutido com o sindicato laboral o que ainda poderá ser feito para, juntos, tentar manter o sistema de transporte público ativo.

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