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Política

Assis Carvalho diz que votação “deixou claro que não houve crime”

Na visão do deputado, os senadores evidenciaram a natureza política do processo de impeachment.

O deputado federal Assis Carvalho (PT) comentou a perda do mandado presidencial de Dilma Rousseff (PT), ocorrido nesta quarta-feira (31). Para ele, a decisão dos senadores de manter a habilitação para cargos públicos "deixou claro que não houve crime de responsabilidade”. 

  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado federal Assis CarvalhoDeputado federal Assis Carvalho

O parlamentar justificou que todo gestor, que comete crimes de responsabilidade fica inelegível, mas no caso do julgamento da ex-presidente Dilma, os senadores julgaram que ela é culpada pelos crimes, mas continua apta a assumir cargos públicos. Para o deputado, isso evidencia que o impedimento da presidente teve motivação política. “Ficou tão claro que não houve crime de responsabilidade que o próprio parlamento que afastou a presidenta por crime de responsabilidade disse que ela está habilitada politicamente. E quem é que está habilitada politicamente? É quem não tem crime de responsabilidade. Aí se percebe o teor da contradição.”

Eleições em 2018 

Questionado sobre a disputa nas eleições presidenciais para 2018, o deputado afirma que o Partido dos Trabalhadores “com certeza” disputará o pleito. Porém, segundo ele, o foco do partido de imediato, é fortalecer lideranças para as eleições municipais deste ano. “Estamos discutindo agora a organização social, reação ao golpe. Eles [oposição ao PT] estão lutando para derrubar o Lula, eles estão desesperados. Eles sabem que se Lula puder ser candidato ele ganharia as eleições”, declarou o deputado. 

Impeachment 

Dilma Rousseff, eleita por 54,5 milhões de votos em 2012, teve o mandato interrompido na tarde de hoje, 31 de agosto de 2016, com a aprovação de 61 senadores. Ela é a segunda presidente na história do país a sofrer um processo de impeachment. Em 1992, Fernando Collor de Melo foi retirado do cargo acusado de corrupção e ficou inelegível por oito anos. Hoje, os senados entenderam que Dilma não deveria perder o direito de ocupar cargos públicos. 

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