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Dólar passa a subir com dúvidas sobre reforma da Previdência

Além disso, a postura do senador Renan Calheiros em relação à reforma segue no radar.

O dólar no mercado à vista se fortaleceu e registrou máximas na manhã desta terça-feira, 5, até R$ 3,6813 (+0,31%), após ter iniciado a sessão em baixa e registrado mínima em R$ 3,6618 (-0,22%), em linha com o viés de baixa da moeda norte-americana predominante no exterior em relação a outras divisas de países emergentes exportadores de commodities. Os ajustes precificariam a negativa por parte de integrantes do governo de que a reforma da Previdência estabeleceria idade mínima de 65 anos para homem e mulher, disse um operador.

Além disso, a postura do senador Renan Calheiros em relação à reforma segue no radar.

O foco do investidor se mantém na proposta de reforma da Previdência que o governo garantiu que enviará ao Congresso ainda neste mês e na segunda reunião ministerial que acontece nesta manhã e será comandada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já falou sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, a reforma será "muito diferente" da minuta divulgada na segunda-feira com exclusividade pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), e que animou os investidores. Os juros futuros e o dólar desaceleraram a alta no fechamento anterior e a bolsa teve recorde histórico.

Na minuta, a novidade ficou por conta da previsão de idade mínima para aposentadoria de 65 anos também para as mulheres. Na segunda mesmo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o presidente Jair Bolsonaro é contra a ideia da equipe econômica de igualar a idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres.

Nesta terça, Onyx disse que o impacto fiscal da reforma da Previdência que será apresentada pelo governo será próximo de R$ 1 trilhão em 10 anos, em entrevista à rádio CBN. Em Davos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia afirmado que a proposta poderia render uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 1,3 trilhão em uma década.

De acordo com o ministro, o texto relevado pela reportagem na véspera é uma das versões elaboradas e é um "ensaio", e não o "jogo final". Ele relatou que conversará nesta terça com Guedes e com o secretário de Previdência, Rogério Marinho, sobre o texto. Mas ressaltou que o governo quer estimular o modelo de capitalização na Previdência.

Logo mais, espera-se que Onyx fale com a imprensa ao final da reunião ministerial do governo.

Às 9h35, o dólar à vista renovava máxima, a R$ 3,6783, enquanto o dólar futuro para março estava em alta de 0,24%, a R$ 3,6825.

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