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Ex-diretor da Dersa diz que pediu a Aloysio ‘apoio moral’

“Solicitei ao adv Santoro para falar com Aloysio ligar para minha casa e dar um apoio moral, contei a conversa da Pri e Ana Flávia na carta”.

Á época de sua primeira prisão, em abril de 2018, o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, fez um diário de cárcere em que demonstrou sua proximidade com o ex-ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB). “Solicitei ao adv Santoro para falar com Aloysio ligar para minha casa e dar um apoio moral, contei a conversa da Pri e Ana Flávia na carta”.

Na ocasião, Vieira de Souza estava preso em Tremembé, interior paulista, alvo de investigação da Procuradoria e da Polícia Federal por supostos desvios de R$ 7,7 milhões de programa de reassentamento do Rodoanel Trecho Sul, empreendimento de governos do PSDB. Posteriormente, ele chegou a ser solto por Gilmar Mendes, preso novamente na mesma investigação, e solto mais uma vez pelo ministro do Supremo.

Atualmente, Paulo Vieira de Souza vive sua terceira prisão, desta vez, na Operação Lava Jato em Curitiba – efetuada no dia 19 -, que o põe sob suspeita de lavagem de R$ 130 milhões em contas no exterior. Os valores teriam abastecido ex-diretores da Petrobrás e políticos. Um dos supostos beneficiários de cartões de crédito emitidos por estas contas é Aloysio Nunes, citado em documentos dos bancos suíços.

Paulo Vieira já arrolou o ex-ministro como sua testemunha de defesa, e afirmou, em entrevista, ser amigo do tucano. Para procuradores da força-tarefa, a partir de suas afirmações em diário ‘observa-se a proximidade com Aloysio Nunes Ferreira Filho, extrapolando o alegado empréstimo de recursos em 2007 noticiado na imprensa’.

Com a palavra, Aloysio

No dia da deflagração da Ad Infinitum, terça, 19, o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira disse que ainda ‘não teve acesso às informações’ da investigação que faz parte da fase 60 da Lava Jato.

Segundo o tucano, o delegado da Polícia Federal que conduziu as buscas em sua residência nesta terça, 19, ‘foi muito cortês’, mas não revelou a ele os motivos da diligência. “O inquérito está em segredo, eu estou buscando saber o que há.”

Aloysio negou ter recebido cartão de crédito da conta do operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, preso na Ad Infinitum.

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