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Teresina - Piauí

Juiz revoga prisões de envolvidos na morte do cabo Claudemir

A sentença do juiz de direito Antônio Reis Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, é desta terça-feira (09).

O juiz de direito Antônio Reis Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pronunciou todos os oito envolvidos no assassinato do cabo Claudemir Sousa, em dezembro de 2016. Com a pronúncia, os acusados vão a julgamento pelo Júri Popular. O juiz decidiu ainda revogar as prisões dos acusados. A sentença é desta terça-feira (09).

São eles: Maria Ocionira (namorada do policial) e Leonardo Ferreira (amante de Ocionira), acusados de encomendar a morte do cabo, Igor Andrade, Weslley Marlon, José Roberto leal (taxista), Francisco Luan de Sena, Flávio Willame e Thaís Monait.

Ocionira e Thaís foram pronunciadas pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa; Leonardo, Francisco e José Roberto pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo; Weslley e Flávio pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e porte ilegal de arma de fogo; e Igor, pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, roubo majorado, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e porte ilegal de arma de fogo.

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilOcionira e o cabo ClaudemirOcionira e o cabo Claudemir

Revogação das prisões

Na mesma sentença o juiz decidiu revogar as prisões preventivas dos acusados por considerar que as prisões já perduram por mais de um ano e, nesse tempo, os denunciados responderam regularmente ao feito, participando de todos os atos processuais aos que foram intimados. “Assim, a instrução processual pôde ser concluída em um tempo razoável, considerando a complexidade do caso e pluralidade de agentes”, destacou.

Ainda de acordo com o magistrado, “deve-se reconhecer que não mais persistem os motivos que autorizaram a manutenção das suas custódias”. O magistrado determinou então os alvarás de soltura.

Medidas cautelares

Em relação a Weslley, José Roberto, Francisco Luan, Flávio Willame e Thaí, o juiz decretou as seguintes medidas cautelares: Não se ausentarem temporariamente ou definitivamente do município de sua residência, sem a devida autorização do juiz, comparecerem a todos os atos do processo para os quais forem intimados, comparecerem perante ao juiz mensalmente para informar e justificar todas as atividades, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga e não se envolverem em nenhum outro delito.

Relembre o caso

O cabo Claudemir Sousa, lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, foi morto com vários tiros, no dia 6 de dezembro de 2016, na porta de uma academia na avenida principal do bairro Saci, zona sul de Teresina.

Uma câmera de segurança da academia flagrou o momento em que o policial foi surpreendido por um criminoso.

  • Foto: Divulgação/PC-PILeonardo FerreiraLeonardo Ferreira

Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero acusado de ser o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Na tarde do mesmo dia foi preso Flávio Willames, que havia saído há dois meses do Complexo de Pedrinhas, em São Luís-MA.

Em janeiro, o promotor Régis de Moraes Marinho denunciou oito acusados da morte do policial: Maria Ocionira Barbosa de Sousa (ex-diretora administrativa do Hospital Areolino de Abreu), Leonardo Ferreira Lima (ex-funcionário da Infraero), Francisco Luan, Thaís Monait Neris de Oliveira, Igor Andrade Sousa, José Roberto Leal da Silva (taxista), Flávio Willame da Silva e Weslley Marlon Silva.

No dia 12 de junho de 2017, o juiz ouviu as testemunha no caso. No dia 30 de junho, os acusados de envolvimento na morte do cabo Claudemir de Sousa mudaram o discurso e negaram que tenham feito parte do plano para acabar com a vida do oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Piauí.

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