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Teresina - Piauí

Mais de 20 detentos da Cadeia de Altos estão internados em Teresina

O número de detentos da Cadeia Pública de Altos que estão sendo internados com sintomas de infecção tem aumentado nos últimos dias.

A Cadeia Pública de Altos já tem 24 detentos internados em várias unidades de saúde da cidade de Teresina, apresentando vários sintomas de infecção, sendo que alguns deram entrada em hospitais com mordidas de ratos nos pés. Em oito dias, três detentos morreram.

O número de detentos da Cadeia Pública de Altos que estão sendo internados com sintomas de infecção tem aumentado nos últimos dias.

O GP1 apurou que os detentos foram distribuídos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Hospital do Parque Piauí, Hospital da Santa Maria da Codipi, além do Hospital de Doenças Tropicais Nathan Portela, Hospital da Primavera, Hospital da Polícia Militar e também no Hospital Getúlio Vargas, onde há o maior número de presos recebendo atendimento médico.

  • Foto: Alef Leão/GP1Cadeia Pública de AltosCadeia Pública de Altos

Mortes

No dia 7 de maio a Secretaria de Estado da Justiça do Piauí (Sejus) informou que 48 detentos da unidade apresentaram sintomas de intoxicação alimentar, sendo que sete tiveram complicações em decorrência de insuficiência renal e acabaram sendo internados no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

No dia 14 de maio um dos detentos morreu com quadro agudo de insuficiência renal, associado a septicemia e pneumonia. Já no dia 19 de maio ocorreu a segunda morte e no dia 22 de maio ocorreu a terceira morte. As causas, segundo a Sejus, estão sendo investigadas.

Mordidas de ratos

Além de sintomas de infecção, alguns dos detentos que estão internados apresentaram mordidas de ratos nos pés, febre alta, cefaleia (dor de cabeça), sangramento nasal, calafrios, olhos vermelhos e vômitos.

No dia 21 de maio um ofício emitido pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), assinado pelo promotor Paulo Rubens Parente Rebouças, informou que dos internados, dois foram diagnosticados com Leptospirose e outro com Hepatite A.

O promotor ainda relatou que chegou a realizar uma audiência por videoconferência com o secretário estadual de Justiça, Carlos Edilson Rodrigues; a enfermeira Naila Juliana Ferreira Araújo, especialista em saúde prisional; e o superintendente estadual de atenção à saúde, Herlon Guimarães.

Na ocasião o superintendente Herlon Guimarães informou ao promotor que um relatório preliminar havia detectado problema na qualidade da água fornecida na cadeia, que apresentou coliformes fecais e a bactéria escherichia coli. Na audiência o secretário de Justiça teria se comprometido a providenciar a suspensão do fornecimento da água, com a disponibilização de água de outra fonte.

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