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Política

Operação do STF 'invadiu lares de cidadãos de bem', diz Bolsonaro

No Twitter, presidente afirmou que cumprimento de mandados de busca contra seus aliados mostra que 'algo de grave está acontecendo com a democracia'.

Mais de 16 horas após a operação de busca e apreensão contra empresários, deputados e youtubers bolsonaristas como parte do inquérito das fakes news do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou no Twitter sobre o assunto. No fim da noite desta quarta-feira, 27, o presidente criticou a medida, dizendo que 'cidadãos de bem' tiveram 'seus lares invadidos' por exercerem seu 'direito de liberdade de expressão'.

Policiais federais cumpriram, na manhã desta quarta-feira, mandados judiciais contra apoiados do presidente que são investigados por propagar notícias falsas e ofensas direcionadas a autoridades, como ministros do Supremo, e seus familiares.

"Ver cidadãos de bem terem seus lares invadidos, por exercerem seu direito à liberdade de expressão, é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia", escreveu Bolsonaro no Twitter. O presidente vinha sendo cobrado por seus apoiadores para se posicionar a respeito da operação ocorrida pela manhã.

Em outra publicação, o presidente disse que está trabalhando para que "se faça valer o direito à livre expressão em nosso país". "Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente!", escreveu.

O Planalto deve adotar uma postura de confronto com o Supremo. Em reunião com auxiliares na noite desta quarta-feira, Bolsonaro discutiu detalhes de um habeas corpus preventivo ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para evitar que ele preste depoimento na Polícia Federal por dizer que ministros do Supremo deveriam ser presos na reunião de 22 de abril.

A estratégia, traçada com auxílio do ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, também envolve a possibilidade de entrar com ações na Justiça contra os ministros do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a operação desta quarta-feira, e Celso de Mello, que está com o inquérito da suposta interferência do presidente na PF e permitiu a divulgação do vídeo da reunião ministerial.

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